quinta-feira, janeiro 28, 2010

O GRANDE OLAVO ENSINA O BÊ-Á-BÁ

Republicação de mais um artigo do Mestre, publicado num jornal que pouca gente lê e retirado do site Mídia Sem Máscara (link na coluna da direita). 


Como sempre uma aula de política, para quem precisa.

Onde estão os cinco justos?
OLAVO DE CARVALHO | 27 JANEIRO 2010


Quando uma facção politicamente destruída não tem sequer a coragem de confessar o desastre, isso significa que internalizou a derrota ao ponto de já nem mais poder pensá-la como tal.


No seu editorial de terça-feira passada, o Estadão choraminga que "a Segunda Conferência Nacional de Cultura, programada para março, foi concebida como parte de um amplo esforço de liquidação do Estado de Direito e de instalação, no Brasil, de um regime autoritário. O controle dos meios de comunicação, da produção artística e da investigação científica e tecnológica é parte essencial desse projeto e também consta do Programa Nacional de Direitos Humanos".


São verdades óbvias, impossíveis de desmentir. Mas vêm tarde demais. Quem há de deter a ascensão do autoritarismo esquerdista num país onde as facções "de direita" se enfraqueceram tanto que já nem podem lançar um candidato presidencial próprio e só lhes resta escolher o "menos esquerdista", sem nem mesmo ter a clara certeza de que essa gradação hipotética corresponde a uma realidade ou a uma falsa esperança? Esperança que, diga-se a bem da justiça, o próprio escolhido não pode ser acusado de alimentar em ninguém.


Já passaram por essa mesma humilhação em 2002, e nem isso bastou para alertá-las quanto à gravidade do estado de coisas. Ao contrário, não houve, no meio delas, quem não celebrasse como apoteose da democracia aquilo que foi, com toda a evidência, uma farsa esquerdista calculada e montada para pregar o último prego no caixão da direita com a anuência servil e até festiva da própria vítima. Quando uma facção politicamente destruída não tem sequer a coragem de confessar o desastre, isso significa que internalizou a derrota ao ponto de já nem mais poder pensá-la como tal. Sai da competição e, apegando-se à mentirinha tola de que a surra brutal foi apenas uma brincadeira entre amigos, passa a disputar nada mais que um lugar de sparring na academia do adversário.


Foi precisamente nessa condição que o sr. Alckmin subiu ao ringue eleitoral em 2006: desmanchando-se em demonstrações de polidez e bom-mocismo, omitindo-se de denunciar os crimes do partido adversário, não concorreu com ele senão para ajudá-lo a ocultar sob um manto de respeitabilidade postiça o sangue e as fezes que então, decorridos dezesseis anos da fundação do Foro de São Paulo, já o manchavam até à raiz dos cabelos.


Nunca um candidato foi tão vulnerável, tão fácil de derrotar quanto o foi o sr. Luís Inácio Lula da Silva nos dois últimos pleitos. Para destruir não somente sua candidatura, mas todas as suas ambições políticas quaisquer que fossem, bastaria mostrar, nos debates da TV, o compromisso de ajuda integral que ele assinara com a narcoguerrilha colombiana em 2001 e perguntar se, no governo, ele pretendia ser fiel à sua aliada, traindo os eleitores brasileiros, ou cumprir as leis do país e tornar-se alvo do ódio do Foro de São Paulo inteiro. Se o candidato nominalmente de direita tivesse feito isso uma vez, uma única vez, ele seria hoje presidente da República, e não haveria nenhuma "Conferência Nacional de Cultura" ou "Plano Nacional de Direitos Humanos" para assombrar as noites dos editorialistas do Estadão. Em vez disso, o sr. Alckmin preferiu dar a impressão de que tudo o que o distinguia do seu adversário eram miúdas diferenças políticas entre cidadãos igualmente decentes, igualmente democratas, não separados nem mesmo por alguma divergência ideológica substantiva.


Mas estou sendo injusto com o sr. Alckmin. Ele não foi o único que, sob o pretexto de "manter alto o nível do debate", elevou aos píncaros a imagem de um inimigo que, já então, chafurdava gostosamente, fazia uma década e meia, no lamaçal da aliança entre crime e revolução, protegido do olhar curioso do eleitorado pelos bons préstimos de toda a "grande mídia", de todos os partidos políticos, de todos os comandantes militares, de todas as igrejas, de todos os intelectuais, de todos os "formadores de opinião".


O sr. Alkmin não teve culpa nenhuma senão a de ser igual, em coragem e senso de responsabilidade histórica, a praticamente todos os demais líderes da "direita". As exceções contavam-se e contam-se nos dedos de uma só mão, mas duvido que a completem. Se há cinco justos na direita brasileira, digam-me quem são eles, e expliquem por que não escolhem um deles como candidato na próxima eleição presidencial.


Diário do Comércio, 26 de janeiro de 2010.

O GRUPO BANDEIRANTES, CORAJOSO E DO LADO CERTO

Há uns 2 meses atrás, estava ouvindo a BandNews pela manhã quando entrou no ar uma voz mais grave, lendo um texto que me pareceu saído de uma caixa mágica. Era a época de mais algum escândalo em Brasília - nem me lembro de qual, tantos são -, mas penso que era algo com o Battisti - e o que ouvi me encheu de esperança, afinal alguém estava RECLAMANDO, SE INDIGNANDO, E MAIS AINDA, "NA JURÍDICA"! Temos alguns poucos Quixotes ainda na imprensa, imprensados mas pensantes e falantes pelos seus blogs. Tentei, de todos os modos, obter o texto que ouvira para postar aqui, mas mesmo tendo falado com um assessor de comunicação da rede, eles não liberaram. Então, é com grande alegria que recebi essa dica de vídeo, que insiro abaixo, com o Joelmir Beting lendo o manifesto recente dessa corporação contra o esdrúxulo PNDH3.
Vale a atenção de todos.




Não sei porque esse vídeo não está carregando ao ser inserido em outro site. (Olha a teoria da conspiração aí, gente!). Se não funcionar de todo, o link é este: ou, http://www.youtube.com/watch?v=0ro2B0j9OEM

quarta-feira, janeiro 27, 2010

A SAGA DA FAMÍLIA DANIEL CONTINUA: CARTA DE BRUNO NO ESTADÃO

Desde janeiro de 2002 este escriba faz comentários sobre a situação não-explicada, malcheirosa e porque não dizer logo, criminosa, que cerca o assassinato do petista de primeira hora Celso Daniel. Se quiserem fazer uma viagem no tempo, leiam aqui 1, depois aqui 2, então aqui 3, e mais aqui 4 e para finalizar, aqui 5.

Sempre foi, dos assuntos mais tenebrosos relacionados ao PT e à sua turma, seus métodos e suas decisões de, literalmente, cortar na própria carne. Sinistro é para crianças perto do que se viu ali.

Se não quiserem ler tudo, basta ler a carta abaixo, enviada do exílio em Paris, pelos familiares do assassinado petista, que dão a tônica de como agiu, age a agirá a camarilha se deixada à vontade. Cliquem para ampliar.


terça-feira, janeiro 26, 2010

segunda-feira, janeiro 25, 2010

FÓ-CRA-TES

A declaração, publicada no O Globo de hoje (no blog do Ricardo Noblat) e atribuída à Mulé, dando conta da popularidade corrente do Mulá - segundo ela, o estadista mais importante do mundo - termina com um vaticínio aterrador, uma previsão tenebrosa, um augúrio triste: "E ainda faremos muito mais!"(sic).

A afirmação completa só foi lida por quem madrugou pois por algum motivo foi retirada (censura ou por medo que deu no publicante de ser eventualmente defenestrado, afinal por motivos que só Deus sabe o governo e as Organizações estão "assim, ó").

"...Ainda faremos muito mais..." deixa no ar uma ameaça, nem tão velada assim, de que o cara está mesmo almejando posições nunca antes atingidas por um brasileiro. Talvez o Papado (te cuida, Bento), o comando do IV Reich, o que guindaria a Mulé a posto equivalente ao que foi de Goebbels (o que ela adoraria) ou, um pouco mais adequado ao que se passa pela mente (?!?) deles, um lugar no Olimpo, o que pra mim estaria bom, pois lá só entram mortos relevantes. Mas obrigatoriamente, diz a lenda, mortos.

E Zeus que mexa seus pauzinhos com a sua base aliada, pois o cara está gastando o que tem e o que não tem para conseguir ficar na mídia e se promover a alguma coisa e quem sabe o Olimpo está de bom tamanho?
Vai doer no nosso bolso, mais cedo ou mais tarde.

Eu gelei quando soube do avião etíope que caiu no mar. Fora a tragédia humana, pude imaginar uma porrada daqueles sacos de dinheiro com asas (à Tio Patinhas), decolando céleres do Banco Central em Brasília, tomando a direção leste.

Ao comentar o assunto no almoço de hoje, a rápida Anisabel lembrou-me daquela anedota sobre o pai que lia sobre os clássicos gregos na sala de sua casa e recitou em voz alta e educativa, para esposa e os filhos, a célebre frase de Sócrates: "Só sei que nada sei". Ao que o menorzinho virou-se para ele e perguntou: "Pai, então quer dizer o Lula é grego?"

Pano rápido.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

NADA COMO TER UM PROFESSOR, QUE PENSA ALÉM

Meu raciocínio foi até razoável mas pecou pela falta de descortínio para o que viria a seguir, coisa que o Reinaldão não deixou (nem poderia deixar) passar. Vejam a nota do blog dele, ainda nesta madrugada. Daí porque é apontado como umas das "Leituras Obrigatórias" na coluna da esquerda deste blog. Ave, Tio Rei!


A PANCADA FOI BOA, MAS É PRECISO TOMAR CUIDADO. O CARA DEVE ENTRAR NO RINGUE HOJE…
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010 | 5:53 


Muito bem dada, sem dúvida, a pancada do senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) na candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Para os que estavam acostumados à linguagem sempre cálida das oposições, intimidadas pela popularidade de Lula, parece um sopro de ar fresco — ou quente, a depender de como se leia a questão. Mas é bom tomar cuidado com o entusiasmo — recomendação que faço também aos leitores deste blog que gostaram do que leram na nota de Guerra. Também gostei, destaco.
Mas não há como ignorar que o PT quer essa gritaria. E o segundo tempo deve vir hoje. Não ficará restrito às chicanas de Ricardo Berzoniev, presidente do partido, que não tem importância nenhuma. Vamos apostar o mindinho que vem falação do “Cara”? O governador José Serra (SP), virtual candidato do PSDB à Presidência, tem razão em chamar a fala de Dilma de “baixaria”. É baixaria mentir. É baixaria usar o dinheiro público para fazer campanha. É baixaria precipitar o debate eleitoral.
Mas convém ter cuidado, reitero. Quem precisa de algum fato novo, hoje, é Dilma, não Serra. Ele lidera a disputa. Quem tem de romper o atual status é o PT. E, pois, o bate-boca interessa mais aos petistas do que aos tucanos. A nota de conteúdo correto de Guerra não anula o fato de que ele se expôs ao contra-ataque na entrevista à VEJA. Respondeu com dureza. Agora é hora de esfriar o confronto.
Por enquanto, quem está perdendo a eleição é o PT. Caso se ignore esse fato, caindo na conversa mole dos petistas e do jornalismo amigo, as oposições correm o risco de se deixar pautar pela arruaça eleitoreira.

KARALHOKOPTER 6

O PSDB, FINALMENTE ACORDA!!!

Demorou muito. Pra cacête. Mas agora espero que a coisa vá. Pela primeira vez em bastante tempo, a oposição se manifesta, e sem eufemismos tucanos. Palavras simples e diretas, no frontispício da besta, que vai tontear. O PT, via Berzoini, já está tomando as dores, como tão bem sabe fazer, para defletir o golpe. Que se espera, venham a ser sempre contundentes e bem colocados. E, para enfrentar a mentira institucionalizada, de preferência SEMPRE abaixo da linha da cintura. Afinal, golpes baixos, mesmo com aquela carinha de "progressistas" e de "pelo social", com golpes baixos se pagam. Ave, Senador Sérgio Guerra. Pau na camarilha!

"Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão.

Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas. Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal.

Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz.

Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso.

Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra.

Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas – a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC – 7.715 projetos – ainda não saíram do papel.

Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades.

A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul.

Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado.
Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão.

Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil.

Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos."

quarta-feira, janeiro 20, 2010

KARALHOKOPTER 5

NA MOSCA!

Uma leitora do O Globo - como há gente inteligente ali, bem mais do que entre a maioria dos comu- er, digo, colunistas - resumiu de modo preciso e muito bem humorado a tentativa, ridícula, mas nem por isso menos perigosa (se não houver atenção da sociedade pensante ao assunto) de enfiar goela abaixo do povinho anestesiado pelas "bolsadas" que recebe, um decreto-lei que começa afrontando a Costituição e deságua no mais baixo nível de medidas popularescas. Vejam aí o que a Sra. Célia Paula Borges escreveu no dia 12 p.p.:


"O Programa Nacional de Direitos Humanos me parece um pesadelo bem real. Se ele já estivesse em vigor, ao manifestar aqui o meu desagrado sobre alguns itens, poderia ser perseguida, tendo em vista que minha mensagem será censurada. Se eu sair com minha cruz no pescoço, que uso desde criança, vou ostentar símbolos religiosos. Ao condenar a prostituição, estarei sendo preconceituosa com uma profissão legalizada. Se possuir algumas terras e, por alguma dificuldade financeira, não puder plantar nada, minha propriedade será invadida e não terei direito à reitegração de posse. 
Concluo que o melhor mesmo é ser ignorante,
não manifestar nada, não ter religião, ser prostituta
e pertencer a grupos que invadem terras alheias.
Só assim vou ter meus direitos garantidos. "

terça-feira, janeiro 19, 2010

O MANIFESTO DE UM HOMEM DE HONRA

Este texto vem sendo rolado há dias pelos emails. É longo mas traz verdades que poucas vozes ou penas tem se dado ao trabalho de expressar. Alguns pontos já foram mencionados, esparsamente, em posts aqui no Dailyspeaker e pelos seus paradigmas, mas acho que nunca foram todos reunidos num só texto. É de autoria de Gilberto Geraldo Garbi, de 65 anos e uma lucidez e raciocínio impecáveis, talvez por sua mente primordialmente matemática. Ele foi um dos "melhores alunos de Matemática", à sua época, do ITA - Instituto Tecnológico da Aeronáutica, uma das melhores escolas brasileiras, tendo sido Presidente da TELEPAR e depois, da TELEBRÁS. Arrume tempo e paciência para ler. Você só ganhará, em entendimento e em indignação, com o que aprender com ele.

"A CAMINHO DOS 99,9999995%


Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo "nunca antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar das próximas consultas populares.

Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação. Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo... (Quem nunca ouviu falar em Salazar, por favor, pergunte a um parente com mais de 60).

Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição...

Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de 99,9999995% você não passa.

Como você não é muito chegado em Aritmética, exceto nos cálculos rudimentares dos percentuais sobre os orçamentos dos ministérios que você entrega aos partidos que constituem sua base de sustentação no Congresso, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.

E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo; dos que detestam o trabalho e o estudo; dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal; dos que almejam os cabides de emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa; dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os privilegiados; dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado; dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora, uma bolsa família; dos que são de tal forma ignorantes e alienados que se deixam iludir pelas prostitutas da política e beijam-lhes as mãos por receber de volta algumas migalhas do muito que lhes vem sendo roubado desde as origens dos tempos; dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.

Antes e depois de mim, muitos outros brasileiros, incomparavelmente melhores e mais lúcidos, chegaram à mesma conclusão e, embora sejamos minoria, sinto-me feliz e honrado por estar ao lado de Rui Barbosa. Já ouviu falar nele? Como você nunca lê, eu quase iria sugerir-lhe que pedisse a algum de seus incontáveis assessores que lhe falasse alguma coisa sobre a Oração aos Moços... Mas, esqueça... Se você souber o que ele, em 1922, disse de políticos como você e dos que fazem parte de sua base de sustentação, terá azia até o final da vida.

Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes - quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada. Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.

E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa mentalidade, embalado que estava com uma vitória popular que poderia fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua autoridade moral, se você a tivesse.

Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral, esta sim, nunca antes vista nesse País. Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.

Infelizmente para o Brasil, mas felizmente para os objetivos pessoais seus e de seu grupo, você estava certo: para que se esforçar, escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?

Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam, nem se entregaria a seu permanente êxtase de vaidade e autoidolatria.

Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e de seus representantes. Esse é seu legado maior, e de longa duração: o de haver escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis".

Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes de morrer.

Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico instrumento de poder, tornando-ageneralizada e fazendo-a permear até os últimos níveis da Administração.

O Brasil, sob você, vive um quadro que em medicina se chamaria de septicemia corruptiva. Peça ao Marco Aurélio para lhe explicar o que é isso.

Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus instintos.

Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa. A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos palanques?

Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que vale a pena?

Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política econômica de seu antecessor, a mesma política que você manteve integralmente e que fez a economia brasileira prosperar. Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão. Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho. Mentiu sobre os milhões que a ONG 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas. Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante. Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para agradá-las.

Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.

Por falar em ONGs, você comprou a esquerda festiva, aquela que odeia o trabalho e vive do trabalho de outros, dando-lhe bilhões de reais através de ONGs que nada fazem, a não ser refestelar-se em dinheiro público, viajar, acampar, discursar contra os exploradores do povo e desperdiçar os recursos que tanta falta fazem aos hospitais.

Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.

Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.

Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva décadas.

Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.

Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma.

Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.

Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado.

Seu desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça manifesta-se o tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba alguns pobres desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você deu asilo a assassinos terroristas da esquerda radical; quando você se aliou à escória do Congresso, aquela mesma contra quem você vociferava no passado; quando concedeu aumentos nababescos a categorias de funcionários públicos já regiamente pagos, às custas dos impostos arrancados do couro de quem trabalha arduamente e ganha pouco; quando você aumentou abusivamente as despesas de custeio, sabendo que pouquíssimo da arrecadação sobraria para os investimentos de que tanto carece a população; quando você despreza o mérito e privilegia o compadrio e o populismo; e vai por aí....

Justiça, ora a Justiça, é o que você pensa...


Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que fomenta. Aliás, se você estivesse realmente interessado, como deveria, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.

Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo?

E se há coisa que você e o Partido dos Trabalhadores definitivamente detestam é o trabalho: então, muito mais fácil é o atalho das cotas, mesmo que elas criem hostilidades entres as cores, que seus critérios sejam burlados o tempo todo e que filhos de negros milionários possam valer-se delas.

A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas.

O que houve entre o BNDES e as redes de televisão? O que você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete Lemos? Essa técnica de comprar ou perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar usou-a com muito sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais opositores as opções: "O plata, o plomo". Peça ao Marco Aurélio para traduzir. Ele fala bem o Espanhol.

Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos que não o bajulem. Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?

É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais, funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas demagógicas. Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado anteriormente, mas que caiu em seu colo.

Tudo, então, pode se resumir ao dinheiro e grande parte da população parece estar disposta a ignorar os princípios da honradez e da honestidade e a relevar as mentiras, a corrupção, os desperdícios, os abusos e as injustiças que marcam seu governo em troca do prato de lentilhas da melhoria econômica.

É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz na França, "l'argent n'est tout que dans les siècles où les hommes ne sont rien".

Você não entendeu, não é mesmo? Então pergunte à Marta. Ela adora Paris e há um bom tempo estamos sustentando seu gigolô franco-argentino..."

Gilberto Geraldo Garbi

segunda-feira, janeiro 18, 2010

quinta-feira, janeiro 14, 2010

OUTRO ARTIGO DO CARLOS VEREZA,
UM ARTISTA QUE PENSA E FALA

Carlos Vereza tem um vídeo no YouTube que é campeão de audiencia, talvez por ser das poucas figuras públicas no Brasil que tem colhões para falar o que pensa. No que devia ser seguido por outros artistas "com IBOPE", que, no entanto, nessa hora tão crucial da vida nacional se encolhem, com medinho do patrulhamento hostil dos petralhantes. Vereza dá, mais uma vez, voz à sua indignação e expõe o seu caráter corajoso, ao denunciar de modo preciso e firme, o que nos espera. Que sirva de exemplo aos demais detentores de "mídia".
Se quiserem leiam minha conclamação a estes no meu post de 14/8/09, chamado "Conclamação (aqui)".


"Não é necessário ser profeta para revelar antecipadamente o que será o ano eleitoral de 2010.

Ou existe alguém com tamanha ingenuidade para acreditar que o “fascismo galopante” que aparelhou o estado brasileiro, vá, pacificamente, entregar a um outro presidente, que não seja do esquema lulista, os cargos, as benesses, os fundos de pensão, o nepotismo, enfim, a mais deslavada corrupção jamais vista no Brasil?

Lula, já declarou, que (sic) “2010 vai pegar fogo!”. Entenda-se por mais esta delicadeza gramatical, golpes abaixo da cintura: Dossiês falsos, PCC “em rebelião”, MST convulsionando o país… Que a lei de Godwin me perdoe - mas assistiremos em versão tupiniquim, a Kristallnacht, A Noite dos Cristais que marcou em 1938 o trágico início do nazismo na Alemanha.

E os “judeus” serão todos os democratas, os meios de comunicação não cooptados (verificar mais uma tentativa de cercear a liberdade de expressão no país: em texto aprovado pelo diretório nacional do PT, é proposto o controle público dos meios de comunicação e mecanismos de sanção à imprensa). Tudo isso para a perpetuação no poder de um partido que traiu um discurso de ética e moralidade ao longo de mais de 25 anos e, gradativamente, impõe ao país um assustador viés autoritário. Não se surpreendam: Há todo um lobby nacional e internacional visando a manutenção de Lula no poder.

Prêmios, como por exemplo, o Chatham House, em Londres, que contou com “patrocínios” de estatais como Petrobras, BNDES e Banco do Brasil, sem, até agora, uma explicação convincente por parte dos “patrocinadores”; matérias em revistas estrangeiras, enaltecendo o “mantenedor da estabilidade na América Latina”. Ou seja: a montagem virtual de um grande estadista…

Na verdade, Lula, é o
übermensch dos especuladores que lucram como “nunca na história deste país”.

Sendo assim, quem, em perfeito juízo, pode supor que este ególatra passará, democraticamente, a faixa presidencial para, por exemplo, José Serra, ou mesmo Aécio Neves?

Pelo que já vimos de “inaugurações” de obras que sequer foram iniciadas, de desrespeito às leis eleitorais, do boicote às CPIs, como a da Petrobras, do MST e tantos outros “deslizes”, temos o suficiente para imaginar o que será a “disputa” eleitoral neste 2010.

Confiram."

domingo, janeiro 10, 2010

KARALHOKOPTER BIS

O "KARALHOKOPTER" ATACA!



Encontrei esta charge num site da net e tenho voltado lá para pegar outros. Sempre que estiverem num nível - de porrada, claro - bacana, vou trazê-los para cá. Assim a gente também se diverte enquanto neguinho bate (e forte, pelo visto).

A "encarnação" de Farso é genial!