quinta-feira, março 29, 2007

CUBÃO

Não, não se trata de um erro de imprensa. Não falo de Cubatão não. Falo do projeto de governo que tenta transformar esta terra em uma grande Cuba, ao seguir, na contramão da história, um caminho troncho em direção ao vácuo.

Se ao menos O Lula usasse aqui os exemplos dos países comunistas que tem alguma visão do futuro, como a China, não seriamos empurrados de marcha-a-ré na direção do vórtice vesano (licença, Bilac) com que se nos apresenta o tacanho e macaqueante governo dos Petelulos.

Por um lado, a atrasar muito mais qualquer perspectiva de avanço, está a nossa histórica e propalada riqueza natural, que pessimamente administrada resultará em um grande desastre ecológico, isso é certo. Pois se o vosso presidente decide autorizar um maior avanço do que o já pornográfico uso das queimadas para aumentar as áreas agrícolas – sob argumento torpe de que estaríamos produzindo alimentos para acabar a fome do povo – de culturas incomíveis como a soja e a cana (por conta da vertente “estratégica” do etanol), imaginem só como vai ser o tamanho da fogueira...

O povo brasileiro hoje tem fome é de Educação, que é logo o primeiro corte de fundos lembrado, cada vez que se resolve “contingenciar o orçamento”. Em seguida, Saúde, idem idem, em segundo lugar na hora do corte. O resto da grana, que irriga privilégios inadmissíveis senão por um grupo de ovelhas clonadas e carneiros castrados, permanece firme lá, pronta para ser usada nos furdunços oficiais de toda natureza.

Ruíram, no Brasil, todos os pilares de decência pública que alguma vez possam ter existido. Roídos pela Lei de Gérson que impera, desde que os militares decidiram que era hora de devolver o “poder” aos civis.

Desde então a esquerda - essa coitadinha que nunca roubou nenhum banco nem matou ninguém na busca de seus “ideais revolucionários” (o que, em sua teoria, justifica tudo...) - com sua capacidade de engôdo e seu mimetismo eficiente, tomou conta da máquina da comunicação. E fala, e vende, o que quer. A verba de publicidade do PAC é monstruosa e o programa, ôco como um ovo de páscoa, não existe de verdade, só nos jornais.

Com a morte do Dr. Roberto Marinho e o desinteresse de falar a verdade da maioria dos demais órgãos, agora dirigidos pelas segunda e terceira gerações de jovens que consideram Che e Fidel como injustiçados ídolos e “os americanos” uns verdadeiros “monstros intrometidos”, a comunalha acabou de se infiltar de vez na imprensa, e vem achincalhando (depois e principalmente, da nossa inteligência) com os verdadeiros heróis da nossa pátria, os militares que impediram, lá atrás, que o Brasil tivesse se tornado uma baderna – atrasando os planos “progressistas” de 1964 até agora.

A instalação atual da baderna - termo tomado aqui no sentido mais abrangente possível, que engloba desde a realização de baile funk onde cocaína é consumida de graça (tudo filmado e documentado, sem nenhuma reação da polícia, em qualquer instância) até a recente informação de que o STF cogita não aceitar a denúncia contra o mensalão - no seu segundo maior escândalo de despreparo e desinteresse pela nação que essa côrte já proporcionou, o primeiro sendo a votação do aumento de seus próprios salários - lá atrás, foi apenas postergada pelos militares, que atenderam apenas ao apelo da sociedade de então, que ao menos se mobilizava e gritava contra o que não queria.

A anistia, praxe universal, dada aos guerrilheiros hoje no poder, foi considerada unilateral e agora eles se auto-premiam com fortunas em verbas “indenizatórias” e mensalinhos vitalícios (inclusive para o vosso presidente), sendo o caso mais escabroso e emblemático o de um escritor e jornalista da Folha de São Paulo. Já as viúvas dos militares que defenderam a pátria contra esses vagabundos de camisetas vermelhas, e que tombaram no cumprimento do dever, jamais viram a cor de um centavo. Isso, por si só, dá a temperatura dos planos que esses cidadãos tem em mente para este país.

Essa nossa transformação gerará uma enorme Cuba, onde o poder será exercido por grupo privilegiado de "companheiros" em detrimento do resto da nação. A criatividade dará lugar ao cumpadrismo, a capacidade de assumir riscos trocada pela capacidade de indicar quem será apaniguado e contemplado com verbas federais, arrancadas da competência via a tributação paralisante que garante as verbas para que a “nomenklatura” se delicie no poder. Enquanto incita os "desvalidos" a tomarem as riquezas dos “ricos”, suas terras e propriedades, seus esforços e pesquisas de anos destruídas pela mesma plebe que já invadiu até o Congresso Nacional sob o olhar candido do “governo”.

A implantação de uma regime dito “socialista”, “republicano” ou “bolivariano” é tudo o que os brasileiros de caráter não podem permitir, exceto se pretenderem ir morar longe, em algum lugar em que o esfôrço e a inteligência aplicados sejam recompensados com algum reconhecimento. Alguém tem de gritar contra isso.

O horizonte é sombrio, lembrando-me uma mistura do Velho Oeste norte-americano com os campos de refugiados africanos, a droga comendo solta, fora e dentro de Brasília (ali, sob forma humana), os próceres discursando para o povo entre arrotos de picanha argentina regada a vinho venezuelano.

As turmas de companheiros só fazem crescer e estão invadindo “oficialmente” os órgãos governamentais e as Secretarias, criadas às pressas e em número aviltante para abrigá-los. Até Secretaria dos Portos teremos, em breve. Se ainda fosse para dar emprego para as mães deles, que os povoam à espera dos marinheiros, tudo bem, seria uma atitude “pelo social”.

Mas serão apenas mais cargos a serem ocupados pelos amigos incompetentes e improdutivos como consolação por suas derrotas, e que nada farão pela melhoria de coisa alguma.

Estamos virando, a jato, uma grande Cuba. O Cubão.

domingo, março 25, 2007

ULTIMA SOLUÇÃO

Diz-se que o Governo de Lula e o PT acabaram com a capacidade dos brasileiros de se indignarem. É um fato. Isso ficou patente na semana passada, quando vários articulistas e editorialistas foram unânimes, quando, refletindo sobre a visita do ex-presidente Fernando Collor ao atual, L.Inácio, afirmaram quase que em uníssono, que as falcatruas do primeiro pareciam brincadeiras de criança quando comparadas com as de Lula e sua turma.

Independente das comparações, o que mais espanta é o conformismo com que encaram eles (e encaramos nós, também, haja vista o silêncio coletivo do populacho) o fato de que tudo o que se apurou e tentou provar no ano de 2006, ficará por isso mesmo e dane-se. Esta mostra de tolerância extrema, este cansaço da sociedade, pela descrença generalizada, tudo isso compõe o terreno mais fértil para que a nação brasileira se exploda. Rápido.

Nada mais vai importar, se sancionados os crimes cometidos pelos membros do PT. Pior do que saque aos cofres públicos, pagamentos de tarefas nunca executadas, dólares na cueca, a incompetência endêmica no lidar com a coisa pública - através de trocentos ministérios e secretarias inoperantes -, pior do que isso tudo é uma única coisa, que penetra pela consciência da juventude brasileira como uma tatuagem indolor, de cores invisíveis: a desesperança.

Pela garotada poder ver, agora, o que antes apenas pressentia: que tudo está baseado na mentira, no marketing da mentira, na farsa da enganação. Àquele partido auto-proclamado trabalhador, limpo, honesto, sério, austero, ético (cruzes, ético!) bastou chegar ao poder para agir MUITAS VEZES PIOR do que os anteriores todos, que nem faziam propaganda de suas virtudes. Lutavam também para “chegar lá” e roubar na medida do que podiam. Roubavam sem justificar, escondido, e se eram flagrados, pagavam por isso.

A desfaçatez do PT é que é nociva. A cada escândalo surge alguém para dar uma explicação, as quais até o João-Sem-Braço repudiaria, pela cara-de-pau extremada.

Com a juventude se acabrunhando, desesperançada por esse determinismo do “não adianta fazer nada”, nada mesmo restará senão a lei-do-cão, onde, cada um por si defenderá o seu pedaço de chão como puder, enquanto houver chão. Já, cães, há muitos. As situações desnudadas pela PF vem mostrando isso todos os dias. Se passar a carrocinha, não fica um.

Só uma reação extremada, a justiça sendo tomada nas mãos de um grupo de cidadãos cujas úlceras estejam a ponto de estourar, surtirá efeito.

Só uma limpeza ética devolverá ao Brasil o seu lugar junto do resto das nações.

quarta-feira, março 14, 2007

ESTÁ FALTANDO É CORAGEM

Anos atrás, o senador Antonio Carlos Magalhães, então presidente da Embratel, estatal monopolista das comunicações no país, serviço essencial, portanto, dissolveu uma greve de funcionários programada para a semana seguinte mandando informar-lhes, numa sexta-feira, que, embora reconhecesse seu direito constitucional à greve, demitiria os que não aparecessem para trabalhar na segunda seguinte. A greve acabou antes mesmo de começar.

O ex-presidente Fernando Collor, antes de se deixar seduzir pelo canto das sereias financeiras comandadas por P.C. Farias, arrumou lindamente a nossa casa, quebrando para isso, no entanto, alguns jarros sagrados. Abriu as janelas do país para a modernidade reduzindo as alíquotas de importação e oxigenando um ambiente saturado, degradado e dominado por uma indústria que repassava toda a sua ineficiência para os consumidores, os preços majorados à brinca camuflados sob a poeira da inflação. Tachou nossos carros de carroças e abriu o olho da nação. Não há como tirar-lhe este mérito, dentre outros de sua corajosa ruptura da inércia enredante.

Governantes com coragem fazem muita falta. Para comparar, vejam como os de hoje agem:

Lula, que se acostumou ideologicamente a passar a mão na cabeça do MST, que invade e depreda desde propriedades rurais até o Congresso Nacional (!), passando por centros de pesquisa de empresas privadas (sem que haja alguém na cadeia por isso) decidiu agora ir contra a punição exemplar dos facínoras “menores de idade”, e joga a culpa da violência, de modo infantil, nos modelos econômicos anteriores, esquecendo-se de que o seu governo e modelo nada fez além de dar continuidade ao anterior, apenas sem ter de enfrentar a oposição tacanha de seus (dele, Lula) próprios correligionários.
Estes “menores” o são apenas para estes fins, já que matam e roubam e traficam como gente grande. Lula agora decidiu que vai implantar o Vale-Bandido, idéia capaz de lhe arrebatar o Nobel (só podia ter sido urdida por alguém como a Benedita) da Imbecilidade, ao proporcionar às famílias de menores-infratores-assassinos-ladrões, que estejam recolhidos a alguma instituição, uma forma de sustento que substitua os trocados que os trombadas deixam de pingar enquanto no ostracismo. Um show!

Não caberia aqui copiar o mentor Fidel e adotar, vindo ao encontro dos anseios de justiça da sociedade, o rito sumário e um paredón idem, para crimes bárbaros comprovados, como o do menino João Hélio, perpetrado com requintes de crueldade e, pior, já confessado pelos autores? Não faria melhor à sociedade toda o exemplamento dos facínoras, em praça pública, como na milenar China comunista? A economia dos recursos da manutenção dessas “coisas-ruins” em jaulas, não poderia ser eficientemente dirigida a projetos educacionais e de integração diversos?

E o "prefeito" César, que ao invés de cobrar com veemência e atitude às suas equipes, a fiscalização sobre marquises (e fachadas e rebocos cadentes) tão decrépitas quanto a sua atual capacidade de raciocínio, pretende simplesmente proibir suas existências, doravante? Deve ser ele daqueles que pensam que, se tirarem o sofá da sala, suas caras-metades deixam de corneá-los em casa mesmo. Depois de certo tempo, afirmou que a medida seria apenas temporária, provavelmente pelo tempo que durarem seus surtos. No entanto, não deveria ser ele, o prefeito da vez - assim como qualquer outro que o suceda no cargo -, o responsabilizado pelas mortes ocorridas em Copacabbana, tanto criminal quanto financeiramente, vez que é para fiscalizar posturas que serve a Prefeitura, além de cobrar dos moradores da cidade taxas duríssimas, exatamente para a sua conservação?

Infelizmente, o que vemos é a covardia imperando, as decisões murchando, as atitudes minguando, as soluções óbvias sendo tragadas pelo medo da repercussão junto a uma "opinião pública" jamais vista (talvez intuída - no mais das vezes meramente inventada e incutida, pelos bons-moços socialistas, às redações, através da repetição exaustiva de preceitos “politicamente corretos”), quiçá inexistente.

Falta-nos uma boa dúzia de homens ou mulheres com sangue nas veias e verdadeiro espírito público. Gente que não tema o que lhes sopram nos ouvidos mas que enfrente os fatos com coragem e determinação. Gente com aquilo rôxo.

Chega de hipocrisia e tolerância.