quarta-feira, abril 04, 2007

DESASTRE À VISTA

O povo brasileiro está assistindo, entre inerte e calado, ao maior loteamento clandestino das instituições nacionais já visto em muitos séculos. O PT, suas aintiidéias e a conseqüente degeneração que vem semeando são os responsáveis por isso. Alguém já disse e eu repito, em maiúsculas: O PT CONSEGUIU ACABAR COM A CAPACIDADE DE INDIGNAÇÃO DE TODA A NAÇÃO BRASILEIRA.

Todos os males, mazelas, desonestidades, mamatas, esquemas e estragos que esse partido (o mais popular e, em teoria, o mais próximo das classes menos favorecidas) jurava serem frutos do capitalismo que reinava no país, numa forma eleitoreira de se posicionar, carreando para si "credibilidade" nascida da indignação, do desejo de mudança e da vontade de ver o outro lado da moeda (e que resultaram nesta terrível era, iniciada pela primeira vitória de Lula e sua reeleição), viraram um novo, piorado e inacreditável desfile de males, mazelas, desonestidades, mamatas, esquemas e estragos muito, mas muito maiores do que o que antes rechaçavam barulhentamente, só que agora protagonizados pelo mesmo grupo de inúteis que então, de fancaria, os “repudiava”. Mas só até serem eleitos e passarem a comandar a roubalheira, tanto física como intelectualmente. Esta, decerto, a pior subtração: por seus efeitos nos jovens, por causa do dano irreparável na cabeça dos coitados desses pobres crédulos, ora perdidos e sem saber mais no que ou em quem acreditar, transformados em presas fáceis dessa fenomenal distorção cognitiva.

Não bastassem as doses cavalares de desonestidade, desfaçatez e da superior presunção de inocência com a qual “justificam” seus atos, as hostes que se instalaram no país, de norte a sul, ainda acresceram ao pesadelo da nação um monstro ainda mais horripilante, tão brutal no curto quanto fatal no longo prazo: a sua pura e simples incompetência.

Esta praga, causada pela inata vagabundagem e pelo descompromisso da falta de estudo, alimentada pela desnecessidade de fazer e embalada pela inexistência de qualquer forma de cobrança por efetividade, destruirá o Brasil empurrando-o em turbinada marcha-a-ré, rumo ao fracasso. A crise na aviação, para mencionar apenas uma, já é uma das filhas incestuosas disso. A incapacidade de gerir os recursos ambientais, outra faceta dessa incompetência.

E assim se repetem e repetirão, às centenas de milhares, problemas graves cuidados por ninguém.

Se a maneira de agir empreendida pelos sectários do PT (escoltados calhordamente pelos votos “amigos” do grande PMDB e de outros, tão nanicos como aproveitadores), representa a fórmula “socialista” de aproximar o povo da “riqueza” que lhe fora negada pelos regimes anteriores, sua aparente “redenção” através dessa remuneração em troca de nada, é disso que este mesmo povo irá muito e amargamente se arrepender, se escolher permanecer calado agora.

Ao receberem salário sem contraprestarem trabalho efetivo (o peixe, ao invés de linha e anzol), sem devolver à sociedade algo em troca, sem a mínima capacidade de ajudar no desenvolvimento da nação por impossibilidade intelectual, esta “conquista social”, esta renda “democratizada” “progressivamente” através da concessão de cargos (e benesses decorrentes), só incutirá nessas pessoas a idéia perversa de que, como seu líder, não se precisa estudar, aprender e dar duro para subir na vida, jogando-se assim no ralo, duas, talvez três, gerações.

Perdoemo-los, coitados, eles não sabem o que fazem. Literalmente. O loteamento destes cargos em pagamento pelos votos que reconduziram o Presidente ao seu próprio, propicia o aparelhamento do Estado pelo material humano mais impróprio e funesto que se poderia imaginar.

Soube-se, como exemplo, que em Agência do Governo que funciona no Rio - reguladora de importante e estratégica vertente da vida nacional - antigos empregados de formação universitária, preparados e capazes, estão sendo detonados sem maiores explicações, apenas para abrir vagas para “colaboradores” indicados pelo Governo, cuja formação técnico-administrativa-universitária simplesmente inexiste. Nas palavras de uma funcionária, gente não-necessariamente humilde – o que, eventualmente, para corações amolecidos, justificaria a troca – mas “do pior nível imaginável” e sem condições de trabalhar num boteco, o que dirá em um órgão tão importante. A se repetir isso em outras repartições públicas Brasil afora, a falta de escolaridade, capacidade ou capacitação mínimas, além de alguma vontade de trabalhar, vão-nos jogar, de fato e de vez, no imenso abismo de que vimos tentando fugir via doses maciças de internacionalização.

No futuro, muitos hão de chorar por estarem calados agora. O Brasil vai se ressentir profundamente dessa política, tão logo cesse a festa de consumo das classes D, E, F e G, que hoje curtem ganhar algum sem devolver alguma coisa.

Infelizmente, seremos o maligno laboratório latino para a nefasta experiência – tão inexequível por natureza que até o mais comunista dos países, a China, já a descartou – de um socialismo tão bem parlante aos ouvidos despreparados quanto burro, e firmemente calcado nesse grande projeto: a democratização da incompetência.

Só nos restará a vergonha de não termos podido mobilizar as massas enquanto era tempo.