sexta-feira, maio 28, 2010

MIRIAM LEITÃO MOSTRA OS [DES]CAMINHOS; OU, F&%#@!!!

O meu pequeno post de alguns dias atrás procurou resumir alguns desses pontos ora abordados pela comentarista com largueza. É hora, e premente, da sociedade não se deixar levar por ufanismo e a parcela letrada (minoria absoluta, por óbvio) começar a fazer um barulho infernal, por todos os meios possíveis. Não que isso vá obrigar o Governo a mentir menos, mas para que os outros Poderes se mexam da cadeira, movam os rabos, e questionem a área econômica sobre o que está acontecendo. A situação é grave, abriram as comportas - na dúvida se ganharão ou não as eleições - para financiar os amigos a perder de vista e baratinho e quem pagará a fatura seremos você e eu. Portanto vamos nos mexer!


A tubulação

por Miriam Leitão, no O Globo, em 28/5/2010

Quem vê o reluzente superávit primário do setor público pode concluir que está tudo tranquilo com as contas públicas. Infelizmente, não está. O governo teve déficit primário dois meses seguidos, a melhora ocorreu pelo crescimento do PIB. Há sinais apavorantes nas contas públicas, entre elas o que o professor Rogério Werneck define como "tubulação ligada entre o Tesouro e o BNDES".

Há vários sinais de preocupação.

O governo tem aumentado seus gastos acima do crescimento do PIB e isso, a médio e longo prazo, é insustentável. O Brasil já tem uma carga tributária exagerada, impostos mal distribuídos e alíquotas que se transformam em barreira ao crescimento sustentado.

Não há austeridade fiscal, nem controle de gastos. O superávit só aconteceu em abril porque a receita está subindo. A arrecadação em abril aumentou 22%.

— O governo brasileiro é uma máquina de gastar e tem contornado todas as formas de controle. O regime fiscal está montado para funcionar com a receita crescendo sempre o dobro do PIB, o tempo todo. Se fosse cauteloso, o governo deveria aproveitar o excesso de arrecadação para baixar as alíquotas.

Essas alíquotas altas foram criadas numa época em que o sistema de arrecadação era mais ineficiente. Agora, tem se tornado mais e mais eficiente. Houve uma crise na receita, mas ela foi superada, o país está crescendo. Tudo isso levou ao resultado positivo, mas o governo afirma que está sendo austero por ter resultado positivo. Na verdade, está aumentando os gastos de forma irreversível, aproveitando a elevação da arrecadação.

Desta forma vamos para uma carga de 40% do PIB — diz o professor da PUC-Rio Rogério Werneck, especialista em contas públicas. O que mais preocupa o economista é a tubulação ligando o Tesouro ao BNDES.

— De tudo o que mais me preocupa é o BNDES. Ele tem recebido recursos de fora do orçamento, centenas de bilhões de reais de emissão de dívida pública para a concessão de crédito subsidiado. O governo descobriu essa forma e pensa que ela é mágica. Por essa tubulação podem agora passar quantos bilhões forem necessários para obras faraônicas, para financiar Belo Monte a 30 anos e 4% de juros, para fazer o trem bala. Tem dinheiro para tudo.

É uma gambiarra que na prática é emissão de dívida — diz Rogério.

Esse dinheiro contorna tudo, até a contabilidade da dívida pública líquida, porque o governo registra como ativo o dinheiro emprestado ao BNDES. Assim, ele dá a impressão de austeridade.

— Nada acontece com a dívida líquida, mas essa estatística não faz mais sentido de tanta gambiarra feita pelo governo. Ele está bombeando dinheiro para o BNDES e pouca gente fala disso porque o empresariado foi todo cooptado. Antes havia dinheiro para alguns, e os outros reclamavam.

Agora parece haver dinheiro para todos e ninguém quer apontar o problema — diz o economista. Essa despesa além de não ser mensurável encontra um bloqueio de informações por parte do governo.

O "Estado de S. Paulo" passou um mês pedindo ao Tesouro e ao BNDES informações sobre as condições dos "empréstimos" concedidos, e eles se negaram a fornecer detalhes. Só em abril foram R$ 80 bilhões de empréstimos, e com juros ainda mais baixos e prazos superiores a 30 anos. Em um único mês, a dívida cresceu 6,6% por causa dessa operação. A Controladoria Geral da União (CGU) também procurou saber as condições dessas operações financeiras para executar seu trabalho de fiscalização.

O BNDES alegou à CGU que não pode dar detalhes porque é uma instituição financeira e esses detalhes, se tornados públicos, representariam quebra de sigilo fiscal e bancário.

O banco recebe dinheiro de endividamento público — dívida que será paga por todos nós — em condições sigilosas e com esse dinheiro financia as empresas com um enorme subsídio. A CGU pede informações e o banco diz que isso quebra seu sigilo bancário. Curiosa alegação, já que o BNDES não é banco comercial e sim uma instituição pública financiada por recursos públicos.

O caso BNDES é apenas um dos problemas que os reluzentes números escondem.

Há 20 anos a carga tributária cresce no Brasil e tende a crescer nos próximos anos porque o governo Lula criou uma armadilha: ele aproveitou o aumento da receita nos anos anteriores à crise para aumentar gastos que não poderão ser comprimidos na época das vacas magras.

No ano passado, a pretexto de combater a crise, ele reduziu drasticamente o superávit primário e consumiu esses recursos em gastos de custeio. O investimento aumentou apenas de 5% para 6% da Receita Corrente Líquida. Esse aumento da máquina pode ter, em vários casos, boas justificativas como a necessidade de pessoal qualificado em áreas de atuação exclusiva do Estado, nos quais havia falta de pessoal ou a idade média é elevada. O problema é que essa renovação do pessoal teria que ter sido precedida de novas regras administrativas e previdenciárias para dar mais flexibilidade ao Estado quando a conjuntura mudar.

O Tesouro tem drenos pelos quais escorre para centros de gastos o dinheiro que é recolhido de todos os brasileiros. Por isso, o assunto nos diz respeito.

KARALHOKOPTER 26

NIVALDO CORDEIRO ALERTA CONTRA A MENTIRADA

Enganando o leitor

Por Nivaldo Cordeiro, no Mídia Sem Máscara, em 27/5/2010

Não me canso de me espantar com a capacidade da nossa mídia adular os poderosos, seja mentindo descaradamente aos seus leitores, seja ocultando fatos relevantes. Qual foi a notícia mais importante de hoje no campo econômico, sobrepujando qualquer outro assunto? O crescimento devastador do rombo das contas externas. Vejamos o que os jornais paulistas deram. O Estadão ao menos fez uma chamadinha de capa, envergonhada, quase pedindo para não ser lida, com um título ocultando o real: "Investimento estrangeiro no Brasil cai 11,05%". Ora, essa não é a notícia importante a ser levada à manchete. O certo seria dar destaque para o que está relatado na matéria: "Em abril, as contas externas apresentaram o pior resultado para o mês, desde o início da série estatística, de 1947".

Obviamente que algo de muito errado está acontecendo com a economia brasileira e o desequilíbrio das contas externas é o sintoma escancarado disso.

A Folha de São Paulo, como sempre, mente um bocadinho mais. É mais realista que o rei. Sequer fez chamada de capa. Chamada interna: "Crise reduz investimento externo, diz BC". Obviamente que esse não é o ponto mais relevante. No final da nota escreveu: "O investimento externo é a principal fonte para financiar o déficit nas transações do Brasil com o exterior, que cresceu quase três vezes neste ano. Em abril, o Banco Central registrou resultado negativo de US$ 4,6 bilhões nessa conta". A Folha simplesmente esqueceu-se de informar que é o maior déficit desde 1947. Como sempre, seu leitor foi devidamente desinformado.

O diktat para esconder o real dos leitores deve ter saído da mesma fonte, em face das semelhanças. Se eu tivesse os meios cotejaria a notícia em todos os jornais importantes do Brasil, mas, mesmo assim, sei que são voz em uníssono. O comando político da notícia está unificado para enganar os leitores (eleitores) desavisados. Os jornais são meros fabricantes de boas novas.

Caro leitor, seja prevenido. A crise está chegando com toda força. Dela ninguém escapará, nem o Brasil, nem você mesmo. Os sintomas estão à vista de todos.

Quem viver verá.

quarta-feira, maio 26, 2010

OLAVÃO E SUAS METÁFORAS DEFINITIVAS
OU, COMO SER UM HERÓI SOLITÁRIO

No dia mesmo em que soube que Olavo de Carvalho havia sido demitido do O Globo (pelo motivo que ele, melhor do que ninguém, explica aqui embaixo), cancelei a minha assinatura. Só leio o diário porque meu filho resolveu assiná-lo por conta própria. Mas o jornal jamais admitiu sua incongruência e talvez jamais a admita. Por isso, fico com o filósofo. E também porque é dos poucos escritores brasileiros que me faz dar boas gargalhadas mesmo quando fala de assuntos para lá de sérios ou graves. Sua descrição do que fez com seus desafetos é hilária. Chequem!

ESCOLHA DESGRAÇADA

no Diário do Comércio, via Mídia Sem Máscara, em 25/5/2010

Dos comentários à coluna de Reinaldo Azevedo do último dia 16, uma dúzia enfatizava que as notícias recentes, com provas definitivas da cumplicidade do PT com as Farc e outras organizações criminosas, já constavam de meus artigos de dez ou quinze anos atrás. 

"É preciso - diz um dos leitores -- fazer justiça ao jornalista exilado nos EUA, Olavo de Carvalho, que durante anos foi motivo de chacota por denunciar sozinho o Foro de São Paulo."
Outro recorda: "Neste vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=c4taMM83xp8), Olavo de Carvalho já denunciava a ligação das FARC com o PT, CV e PCC."
Outro ainda: "Parabéns ao jornalista Reinaldo Azevedo que foi um dos primeiros a apoiar Olavo de Carvalho, que já falava disso há anos -- o ÚNICO cientista político honesto do Brasil."

E assim por diante.

Nos vinte anos de governo militar, nunca vi um só jornalista ser expulso de toda a "grande mídia" brasileira por divulgar algum fato politicamente indesejado. Esse privilégio, que me lisonjeia ao ponto de me corromper a alma, ficou reservado para ser conferido à minha irrisória pessoa no período histórico imediatamente posterior, chamado, por motivos esotéricos, "redemocratização". Por informar ao público a existência do Foro de São Paulo e os laços mais que íntimos entre partidos políticos e quadrilhas de narcotraficantes e seqüestradores, fui chutado do Globo, da Época, da Zero Hora, do Jornal do Brasil e do Jornal da Tarde. O número dos que por esses e outros canais me chamaram de louco, de mentiroso, de desinformante, de teórico da conspiração e coisas similares conta-se como as estrelas do céu. Excluído do círculo das pessoas decentes, só encontrei um último abrigo neste bravo Diário do Comércio, onde me sinto cinicamente bem entre outros meninos malvados como Moisés Rabinovici, Roberto Fendt e Neil Ferreira.

Estou grato aos leitores da Veja pela sua fidelidade à memória dos fatos, mas - confesso - nunca me senti entristecido ou magoado com aqueles indivíduos, oficialmente profissionais de imprensa, que imaginaram poder destruir minha reputação a pontapés. As marcas de seus sapatos no meu traseiro desvaneceram-se em questão de segundos tão logo os enviei, por via postal ou radiofônica, à p. que os p. ou à prática do sexo anal consigo próprios. A satisfação que esses desabafos me trouxeram foi tão grande, tão sublime, que, em vez de rancor, passei a sentir uma terna gratidão por aqueles meus ex-patrões, por terem me dado a ocasião de viver tão deliciosos momentos. Mais deliciosos ainda pela certeza absoluta de que tudo os destinatários engoliriam calados, fingindo que não era com eles, quando todo mundo sabia que era. Não há dinheiro que pague uma coisa dessas.

Liberto de mágoas pessoais, não posso, no entanto, deixar de sentir tristeza ao ponderar que o curso deplorável tomado pelos fatos desde há duas décadas poderia ter sido contornado se algumas pessoas em posição de poder e destaque na sociedade tivessem dado ouvidos à voz deste esfarrapado observador da realidade, em vez de dá-los aos bem-pensantes, bem vestidos e bem barbeados bonecos de ventríloquo da mídia e das universidades.

Quem perdeu com isso não fui eu, foi o Brasil. Desgraçado o país que, na falta de sensibilidade intelectual, escolhe seus conselheiros mediante critérios de etiqueta, indumentária e posição social.

O QUE ME INCOMODA MESMO II

Tirando a óbvia esparrela financeiro-roubanística que o povo carioca teve atolada em si, por força da implantação da Cidade da Música no pires que lhe foi reservado na Barra da Tijuca, mais me dói a ousadia do arquiteto que cometeu o projeto.

Tão desmesurada e dona de tanta feiúra - para o meu gosto particular, pelo menos - a estrovenga de concreto ainda foi coroada por um estapafúrdio aplique de concreto no seu topo que assusta, pela desproporção e volume indigitado, aos passantes. Alguns arriscam dizer ser um reservatório de água. Se for, cabe a Baía de Guanabara dentro. Outros, um picadeiro coberto, onde se amansariam as bestas que o desenharam e construíram. Uma terceira vertente acha que trata-se da caixa-forte do ex-prefeito e seus parceiros na insânia, uma espécie de cofre cheio de dinheiro onde, como Tio Patinhas, banham-se cada vez que se sentem deprimidos com alguma coisa.

De todo modo, é uma excrecência adicional ao já gigantesco erro de que foram vítimas os contribuintes da cidade, iludidos pelo delirante ex-prefeito César "Epitáfio" Maia, que por certo almejava mausoléu condizente com sua loucura.

Hoje, sobre a obra inacabada, jaz uma autêntica "Casbah" de tijolos de concreto, um monolito horrendo cuja função talvez um dia alguém nos explique.

A foto abaixo, tirada por alguém que transita pela via, é a que oferece a melhor idéia da desproporção do apêndice.
Tão bom seria se pudéssemos nos vingar dessa turma, obrigando-os a pagar seus pecados de modo visível para nós contribuintes: botando-os para trabalhar nesse local, varrendo o chão, trocando lampadas, cortando a grama, limpando os vidros (por sorte deles, há pouca área envidraçada em tanto concreto) e os banheiros.

Pensando melhor, e se a pena coubesse a mim decretar, mandaria que apicoassem todo o concreto externo em andaimes suspensos, dia após dia, até a inauguração do monstro. Depois disso, ainda ficariam, por dez anos, levando as pessoas sob guarda-chuvas imensos, da entrada até as portas, em dias de chuva ou sob sol muito forte. Pois o pomposo e parisiense Atelier d'Architecture Christian de Portzamparc foi incapaz de prever coberturas para as rampas de acesso ao maligno Leviatã, com cerca de 50 metros cada uma.

Isso me incomoda. Todos os dias.

terça-feira, maio 25, 2010

O QUE ME INCOMODA MESMO

É o rumo das coisas. A maneira relaxada, paternalista, "hospitaleira" com que o Governo Lula vem tratando a economia brasileira, como não houvesse amanhã. Retornou o tempo das bravatas, só que agora, mexendo no que FHC, nos dois períodos anteriores tanto se esmerou em organizar. Um sistema simples de só gastar o que se arrecada, a tal Lei de Responsabilidade Fiscal.

Falo aqui da facilidade com que Lula empenha UM BILHÃO aqui e ali, como se fosse possível espalhar dinheiro pelos movimentos que o apóiam - e à sua Criatura, Dilma Vana Rousseff - sem que para isso necessitasse de uma fonte sólida e lícita para esses recursos, que não envolvesse a emissão de dívida a um custo mortal para o Tesouro e portanto, para nós brasileiros. As recentes capitalizações do BNDES e a que está prevista na Petrobrás, por detrás de um biombo tosco que já foi derrubado pelos economistas - sem nenhum repúdio pelo Ministro da Fazenda que considera a manobra desastrosa como perfeitamente normal -, são exemplos disso.

Enquanto Henrique Meirelles fica mais e mais careca tentando conter uma inflação que começa a mostrar os caninos, o "desenvolvimentista" Guido Mantega considera estar navegando nas águas tranquilas de um lago transparente e morno. São esforços antagonicos, de sinais trocados, prenúncio de uma pororoca economico-financeira que certamente punirá a nação como um todo. Na contrapartida, há algum interesse no Brasil por estrangeiros ressabiados com as economias europeias, que podem destinar algum fluxo para o nosso país pela via de investimentos diretos, o que é bom. Só que esse fluxo é, por sua vez, confrontado por uma maré vazante, por conta de outros investidores mais antigos que daqui retiram capitais, exatamente para enfrentarem as próprias dificuldades, que a crise lhes está trazendo.

Talvez como resquício da política de terra arrasada, por não confiar totalmente na assunção, pela Criatura, de seu trono, o presidente atual tenha orientado a seus cavaleiros que prometam e gastem o que for possível para: primeiro, tentar assegurar a eleição para sua candidata; segundo, para que em caso de sua derrota, o próximo presidente perca tanto tempo reformando a casa que pouco poderá se dedicar a um programa desenvolvimentista sólido, baseado na educação e na saúde, inadiáveis objetivos de longo prazo.

Já se falou aqui muito do aparelhamento da máquina pública pelos acólitos do PT. Estes certamente ajudarão a atrapalhar a gestão de Serra, se for presidente. Se ganhar Dilma, só atrapalharão, no limite de suas próprias incompetências. Resta a questão de se estes contratados ganham algum tipo de estabilidade ou se podem ser defenestrados na medida da vontade federal (na hipótese Serra vencedor). Que não largarão de seus postos pacificamente, isso é certo, já antevejo as passeatas e as acusações de "regime ditatorial" caso Serra vencedor decida enxugar a máquina.

Se ganha Dilma, o problema será mascarado por mais tempo e novas formas de imposto serão tentadas (ela já se declarou favorável à volta da CPMF na semana passada) para continuar sugando os setores produtivos e competentes e criativos para que financiem a nomenklatura que já se instalou e que pretende se perpetuar no poder, "dando aos coitados".

Em breve teríamos filas nos supermercados populares e vazios, algumas lojas bem fornidas para os dirigentes e indefectíveis
dachas para o lazer nos fins de semana, longe de Brasília e cada vez mais perto do Bananistão.

Um alerta: imposto demais tolhe a iniciativa e a competência, e mata a galinha dos ovos de ouro.

domingo, maio 23, 2010

NELSON MOTTA: DELICIOSA METÁFORA PARA IGNORANTES

Lula Futebol Clube

Nelson Motta no O Globo, em 21/05/2010

Como Lula adora metáforas futebolísticas, nada melhor para tentar explicar a um amigo inglês, fanático por futebol mas ignorante de Brasil, como é a política do governo Lula.

Contei que o time entrou em campo com a prata da casa, mas logo reforçou a defesa com vários jogadores comprados de times adversários, como os veteranos Jader e Renan, e o veteraníssimo Ribamar, craques em roubar bolas e parar atacantes com faltas.

O "professor" Lula segue a máxima de Neném Prancha, "jogador tem que ir na bola como quem vai a um prato de comida", mas não contava com a voracidade dos companheiros. Um dos problemas do time é que, muitas vezes, alguém pede bola sem receber, faz corpo mole e abre o bico. Com a defesa batendo cabeça, Lula perdeu o seu impetuoso armador Delúbio e o volante Silvinho "Land Rover", que distribuía o jogo na intermediária, expulsos por mão na bola.

E quase tomou uma goleada no primeiro tempo. Foi salvo pelo craque Thomaz Bastos, cérebro do meio de campo, que organizou a defesa, resistiu a todos os ataques e ainda virou o jogo na segunda etapa.

Mas o time voltou insistindo em avançar pelo costado esquerdo da cancha, com o bisonho Tarso no lugar de Thomaz Bastos, que saiu exausto, e com as investidas desastradas do canhotinha Amorim, que levaram várias bolas nas costas e dribles desmoralizantes.

Mas no meio de campo os competentes Meirelles e Palocci mandavam no jogo, chutando com as duas, e impondo seu futebol de resultados, sem jogar para a arquibancada.

Quando perdeu seu capitão, o catimbeiro Dirceu, e depois a revelação do meio-campo, Palocci, que levaram cartão vermelho, Lula improvisou o cabeça de área Rousseff como capitão e os perebas Lobão e Geddel como volantes. E mesmo assim está dando uma goleada. Mas a bola ainda está rolando.

Uma originalidade do time de Lula é que, talvez pela fraqueza dos adversários, quase todos os gols que tomou foram feitos pelos seus próprios defensores, como os pernas de pau Valdebran e Gedimar, no fim do primeiro tempo.

Mas sua maior jogada foi instituir o "Bola Família", que deu 70% da lotação do estádio para a sua torcida.

quinta-feira, maio 20, 2010

OUTRA DO PUGGINA, SEM PANOS PRA MANGAS

Um comunista absolutamente exemplar


Meus leitores habituais talvez recordem do artigo que escrevi recentemente com o título "Os culpados pela pobreza". Nesse texto, entre as causas da constrangedora miséria persistente no país, incluí os luxos e requintes de certos palácios construídos para acolher os altos escalões dos poderes da república. E citei como exemplo o prédio do TSE em Brasília, "uma obra de R$ 328 milhões na qual o escritório do comunista Oscar Niemeyer abocanha R$ 5 milhões, graças ao monopólio de projetos que estabeleceu sobre a Capital".
Esse relato suscitou reação indignada de um leitor que se confessou comunista e me interpelou sobre a fonte de tão destrambelhada e escandalosa informação. Esclareceu-me que Niemeyer era um comunista convicto, que vivia com simplicidade e destinava seus bens aos necessitados. E me adiantou que havia tentado, sem êxito, falar com o mestre (com quem sugeria manter relações de camaradagem) para adverti-lo sobre minhas aleivosias. Niemeyer não o atendera, disse-me, por estar hospitalizado.
Em resposta, indiquei-lhe algumas palavras que, digitadas no Google, lhe forneceriam, em abundância, a confirmação do que eu escrevera. Horas depois o velho comunista retornou em outro tom. Se Niemeyer havia cobrado aquele robusto valor era porque o projeto valia isso mesmo, tanto assim que a proposta fora aceita pelo governo. Pronto! De uma hora para outra, perante o mesmo fato, a indignação desapareceu dando lugar a uma justificativa. Sem se dar por vencido, contudo, fez emergir nova suspeita sobre meu texto: de onde tirara eu que o velho arquiteto exercia um monopólio sobre os projetos públicos na capital da república? Que irresponsabilidade minha! Com toda a paciência, ensinei-o a encontrar ainda mais abundante informação sobre o assunto.
Quando eu estava dando o papo por encerrado, o sujeito volta à cena, numa repetição da farsa anterior, transmudando a indignação em explicação: Oscar Niemeyer era o maior arquiteto do país e tinha todo o direito de projetar em Brasília quantos prédios quisesse. E, mais uma vez, fingiu-se de vitorioso, "denunciando" que um dos relatos sobre esse monopólio estava em coluna do jornalista Cláudio Humberto ("jornalista do presidente Collor, Dr. Puggina, que horror")! E com esse achado na gaveta dos argumentos ele pretendeu desqualificar dezenas de informações sobre o mesmo assunto. Camarada é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito.
Achei-me, então, no direito e na obrigação de desmascarar toda aquela retórica de botequim da Lapa. Mostrei-lhe o quanto sua ética estava submetida ao partido, à ideologia e à propaganda. Disse-lhe que os comunistas nunca agiram de outro modo. Afirmei-lhe que, com essa ética, haviam matado 100 milhões de pessoas no século passado sem que uma sequer lhes pesasse na consciência porque, afinal, tudo se tornava justo e santo no sagrado interesse do partido e da ideologia. E lhe pedi, dado que ele me alinhava entre seus desafetos, que, tendo oportunidade, me poupasse a vida.
Por que relato este diálogo travado por e-mail? Porque eu o considero absolutamente característico da moralidade dos militantes comunistas, que muitos insistem em afirmar que, ou não existem, ou, se existem, são diferentes disso aí.

PIAUÍ HERALD, MAIS UMA VEZ IMPAGÁVEL - CLIQUE E VÁ AO SITE

18/5/2010 - 17:30 

Depois de Irã, Lula negociará com Dunga

Caso Dunga não ceda, o presidente Lula disse que não hesitará em pedir para que o Conselho de Segurança da ONU decrete sanções contra o Rio Grande do Sul.
TEERÃ – Ao embarcar de volta para o Brasil depois de negociar um bem sucedido acordo nuclear com o Irã e deixar encaminhada uma solução duradoura para o conflito do Oriente Médio, o presidente Lula declarou que agora se dedicará a convencer o técnico Dunga a convocar Ganso e Neymar. “Estou convencido que ninguém olhou no olho do Dunga e pediu com jeito. Eu farei isso. Estamos trabalhando duro e o Marco Aurélio Garcia já teve conversas preliminares com o Jorginho”, disse. Fontes ligadas ao Planalto afirmam que as negociações entre os representantes de Lula e Dunga foram substanciais e bastante produtivas. Marco Aurélio Garcia se converteu à Igreja Pentecostal da Pátria Brasileira de Cristo Volante e Jorginho deixou claro que agredirá quem criticar Hugo Chávez.

Lula julga que o saldo dos seus 8 anos de governo pode ser ameaçado pela performance da Seleção na Copa da África. “Suo a camisa para elevar a autoestima do povo brasileiro e o Dunga convoca 35 cabeças de área... Isso sem falar nas implicações econômicas. O Ganso ficar de fora é ruim para a balança comercial brasileira. Vou levar a companheira Dilma para mostrar as projeções”, desabafou. Dilma informou que o passe de Ganso pertence ao fundo de pensão de uma estatal ainda sem objetivo a ser criada no seu governo, e que a exposição internacional é parte da estratégia de valorização do jogador. “Do contrário, faltarão recursos para contratar os serviços de consultoria do Zé Dirceu”, explicou.

Dunga disse que só se sentará à mesa com Lula se o presidente provar que sabe o Hino Nacional inteiro, inclusive de trás para frente.

quarta-feira, maio 19, 2010

segunda-feira, maio 17, 2010

ECONOMIA A SÉRIO: MAÍLSON E SALTO, VEM "PLOBREMA" AÍ!

Comentários meus, desnecessários.
Perigo à vista: a situação fiscal continua a piorar

por Maílson da Nóbrega e Felipe Salto em O Estado de S. Paulo - 17/05/2010

Entre a segunda metade dos anos 1980 e os anos 2000, o Brasil deu passos vigorosos na construção de instituições fiscais modernas e sólidas. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) constituiu o coroamento dessa trajetória. Hoje considerada um padrão a ser seguido por outros países, a LRF - cujos dez anos acabam de ser comemorados - tem resistido às tentativas de eliminação de suas amarras. O PT, que votou contra o projeto e tentou derrubar a lei no Supremo, acabou por adotar suas regras.

Embora tenha abraçado os princípios de responsabilidade fiscal que abominava, o governo do PT adotou nos últimos anos sucessivas ações tendentes a piorar o regime fiscal, ainda que sem agredir a LRF. A crise financeira mundial funcionou como uma espécie de senha para o aprofundamento de gastos que haviam sido criados antes dela.

O governo as justificou como ações anticíclicas típicas dos períodos de contração do consumo privado e do investimento. A classificação é indevida. Gastos anticíclicos são os temporários, que podem ser suspensos após a exaustão da crise.

A partir do ano passado, diante da iminência de não cumprir metas fiscais, o que poderia afetar negativamente a credibilidade, o governo começou a lançar mão de artifícios para obscurecer os excessos, numa contabilidade criativa sem paralelo nestes anos de responsabilidade fiscal. Foi abatido do superávit primário um volume de gastos equivalente a 0,45 ponto porcentual do PIB. A meta de 2,5% do PIB foi cumprida com um esforço fiscal de apenas 2,05% do PIB.

Agora, no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2011, o Executivo propõe que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seja simplesmente descontado sem limites, o que significa completa deturpação do conceito de meta fiscal. Apenas a título ilustrativo, suponha que o governo vença suas deficiências gerenciais e gaste, com o PAC, 3,3% do PIB em 2011, o equivalente à meta do superávit primário para o exercício. Isso significa que um esforço efetivo nulo permitiria ao governo "cumprir" a meta anual.

Nos últimos dias, o Ministério do Planejamento disse que enviará projeto de lei modificando o PLDO e incluindo um limite para os referidos gastos. Recomendável, ainda que insuficiente, já que os abatimentos continuariam a valer.

Desse modo, a prudência fiscal vai para o brejo. O governo passou a adotar medidas que, na prática, reinstituem a malsinada "conta de movimento" do Banco Central (BC) no Banco do Brasil, a qual permitia às duas instituições prover crédito subsidiado sem limite, à custa da elevação do endividamento público, sem transparência e longe do escrutínio do Congresso.

É o que está acontecendo com o suprimento generoso de recursos do Tesouro a instituições oficiais de crédito, em especial ao BNDES. A dívida bruta aumenta, mas o valor dos aportes do Tesouro ao BNDES é deduzido. Por aí as autoridades econômicas podem expandir a dívida pública a seu bel-prazer, sem se preocuparem, dado que não há impactos na dívida líquida.

A manobra já começa a ser detectada, contudo, em grau crescente pelos que analisam a dinâmica fiscal. Já não dá para esconder que a dívida bruta do governo geral tem assumido patamares cada vez mais elevados, tendo passado de 56,4% do PIB, em novembro de 2008, para 64,7% do PIB, em outubro de 2009. Ainda que mais recentemente os patamares tenham melhorado, por conta da redução das operações compromissadas - conduzindo o endividamento bruto a 60,4% do PIB, em março - e pelo efeito benéfico do crescimento do PIB sobre os indicadores fiscais, os movimentos contínuos de concessão de crédito devem manter a dívida bruta pressionada.

A dívida líquida segue aparentemente sob controle, mas a expansão da dívida bruta não mente. A situação está ficando periclitante - não tanto o cenário no curto prazo, que será auxiliado pela recuperação da atividade, mas sim sob a ótica dos efeitos que produzirá no médio prazo. Está prevista emissão adicional de títulos do Tesouro em favor do BNDES de mais R$ 80 bilhões, mesmo com o processo de recuperação econômica ocorrendo a todo vapor.

A mistura da contabilidade criativa com a alegre expansão da dívida do Tesouro via operações com o BNDES cria dois níveis de preocupação. Primeiro, em relação à piora do regime fiscal, associada à deterioração dos princípios de responsabilidade fiscal, que pode vir a nos custar caro no futuro, com a piora das avaliações sobre nossas condições de solvência.

Em segundo lugar, preocupa a expansão imoderada do endividamento bruto. Ambos os movimentos criam uma situação esquizofrênica. Numa ponta, um BC atento aos riscos de descontrole inflacionário aumenta a taxa de juros. Na outra, a equipe econômica adota um expansionismo fiscal injustificado, o que atiça a demanda já excessiva.

Chegou a hora de pôr fim à complacência em relação à piora da situação fiscal do País. O contingenciamento de gastos discricionários da ordem de R$ 10 bilhões, ainda que modesto e pouco efetivo para desaquecer a demanda, mostra que o governo começou a se preocupar. Antes tarde do que nunca.

domingo, maio 16, 2010

AIATOLULA LÁ?

Neguinho num tá entendendo! A ida de Lula para o Irã não se deve a nenhum dos motivos especulados pela grande imprensa mundial, pelo Twitter ou no blog da I-Piauí. A razão que move o aproveitador único é a de se infiltrar no meio dos aiatolás e com seu jeitinho meigo e amistoso, ser considerado como um deles. E aí, passar a dar pitacos a torto e a direito, do Corão a diretivas aos times de futebol (de areia ou não) dos países do Oriente Médio. Que, se for bem sucedido como nunca-antes, transformará em poucos anos sob sua influencia e financiamento do BNDES, no Oriente Máximo.

Assessorado de perto por Omar Khoantony-Ogarzya e por Al-Morim Zelso, deverá propor logo a distribuição de comida e água de forma digna, como em Cuba e no Haiti. Outra de suas sugestões para os desérticos deverá ser a distribuição do "Vale-Gole", projeto idealizado em conjunto com a França de Sarkozy, que já teria dito que entraria na parceria - comercial - com o suporte da Perrier. 


Se perguntado do porque do Vale-Gole, algo considerado sofisticado demais para a região empobrecida por guerras seculares e secas idem, dirá que sua idéia baseia-se nas palavras do pensador Jesus Nazareno, um ex-morador da região: "Tomai o vinho e bebei!". Como a temperatura local e a religião não permitiriam tal extravagância, dirá que usou a "criatividade do povo bravileiro" para adaptar o preceito cristão à cultura islamica para proporcionar a cada um dos "fedentos" um pouco de "diguinidade aquática".

Já quanto ao motivo inicial de sua visita ao Irã (ou "Pérfia", como prefere se referir ao país de imensa tradição), a assessoria do futuro Ayatolula desconversa e diz que o Presidente não quis meter-se em assunto que não dominava e porque sentia que ali poderia "se queimar". Afinal, segundo ele, "de bobo ele não tem nada e a radiação deve queimar muito".

Confirmando os boatos, ele não pretende abrir mão de seu projeto mais ambicioso e querido, sua menina dos olhos. O de concorrer à dobradinha Nobel-Guiness simultâneo, em 5 categorias: Paz; Amor; Agricultura, Química & Física; Relações Internacionais e Turismo.


Ufa!

sábado, maio 15, 2010

DIOGÃO MOSTRA A PALHAÇADA COMO ELA É

Comentários dispensados.

O Chamberlain de Macaé


por Diogo Mainardi na VEJA, em 15/05/2010 (via blog do Reinaldo Azevedo)


Lula foi ao baile funk de Mahmoud Ahmadinejad assim como Vagner Love foi à Rocinha. Vagner Love confraternizou com os assassinos do Comando Vermelho? Lula está confraternizando com os assassinos da Guarda Revolucionária iraniana. Vagner Love faz trabalho humanitário no morro? Lula, segundo Dilma Rousseff, faz trabalho humanitário no Golfo Pérsico. Vagner Love foi festejar os dois gols que marcou contra o Macaé? Lula está festejando os dois gols que marcou contra o Brasil.


O Brasil é uma espécie de Macaé do mundo. Isso é uma sorte. Se o Brasil fosse a Inglaterra, Lula já estaria consagrado como o nosso Chamberlain. Sempre que alguém quer guerrear, surge algum pateta tentando ser intermediário da paz. Em 1938, o primeiro-ministro da Inglaterra, Chamberlain, viajou para a Alemanha para negociar olho no olho com Hitler. Depois de alguns encontros, eles assinaram um tratado de paz, pelo qual Hitler se comprometia a ocupar apenas uma parte do território da Checoslováquia. Chamberlain voltou à Inglaterra comemorando a paz. Seis meses mais tarde, Hitler atropelou Chamberlain e ocupou o resto da Checoslováquia. Em seguida, ocupou a Europa inteira.


Se Lula é o Chamberlain de Macaé, Mahmoud Ahmadinejad só pode ser o Hitler de Macaé. Como Hitler, ele mata seus opositores. Como Hitler, ele persegue as minorias. Como Hitler, ele tem um plano para eliminar todos os judeus. Só lhe falta o poder de fogo, porque um Macaé, felizmente, é sempre um Macaé. O papel de Lula é esse: dar-lhe algum tempo para que ele possa obter uma arma nuclear. Na semana passada, um articulista do Washington Post chamou Lula de “idiota útil” de Mahmoud Ahmadinejad. O articulista está certo. Mas há outros “idiotas úteis”, além de Lula. O G15, reunido neste domingo no baile funk iraniano, conta também com a Venezuela, de Hugo Chávez, com o Zimbábue, de Robert Mugabe, e com a Indonésia, de Susilo Bambang Yudhoyono, eleito pela Time, em 2009, uma das 100 personalidades mais influentes do mundo. Time é uma espécie de VEJA de Macaé.

O apoio ao programa nuclear iraniano é o maior erro que o Brasil já cometeu na área internacional. Só a vaidade de Lula ganha com isso. Ao desafiar os Estados Unidos e a Europa, tornando-se cúmplice de Mahmoud Ahmadinejad, ele pode sentir-se um tantinho maior do que realmente é. Trata-se da síndrome de Macaé. Mas alguém tem de dizer a Lula que seu tempo já se esgotou. Ele representa o passado. A esta altura, sua autoridade é meramente protocolar. Um novo presidente será eleito daqui a cinco meses. Só ele poderá decidir sobre assuntos estratégicos. Em vez de atuar como um quinta-colunista da bomba nuclear iraniana, Lula deveria pensar apenas em esvaziar as gavetas de seu gabinete. Acabou, Lula. Chega. Fim. Xô.

sexta-feira, maio 14, 2010

MIRIAM LEITÃO DEFINITIVA: A BRONCA FICA PRO PRÓXIMO

Gastança federal


por Miriam Leitão no O Globo, em 14/05/2010


O governo Lula deixará uma pesada herança fiscal para quem quer que seja que lhe suceda. O corte anunciado ontem é uma gota num oceano de gastança. A maior parte da queda do superávit primário foi para aumento de despesas de custeio, pessoal e Previdência. A dívida pública bruta cresceu fortemente e isso só não aparece na dívida líquida pelos truques contábeis.


Em outubro de 2008, o governo destinava para superávit primário 16% da Receita Corrente Líquida. Hoje, ele destina apenas 6%.


Receita Corrente líquida é o que fica nos cofres federais, depois dos repasses para estados e municípios. Pelos cálculos do economista político Alexandre Marinis, sócio da consultoria Mosaico, essa queda do superávit primário não significou um aumento de investimento.


Antes da crise, o governo investia 5% da sua receita, agora, destina 6%. O aumento foi de apenas um ponto percentual. Mas as despesas de pessoal, Previdência, custeio e outras despesas obrigatórias, que já engoliam 79%, foram para 88%.


— Do ponto de vista da sustentação do crescimento econômico no futuro, é difícil imaginar uso mais ineficiente dos recursos públicos — diz Marinis.


A Tendências consultoria calcula que as despesas do governo cresceram em média 7,7% ao ano nos últimos 10 anos enquanto o PIB cresceu bem menos, 3,3%. Se esse aumento fosse concentrado nos investimentos, o gasto seria saudável.


O problema é que ele se concentra em salários para funcionários públicos, reajustes no INSS e nas despesas correntes, que são gastos para o próprio funcionamento do governo. Para se ter uma ideia da diferença de valores, nos 12 meses terminados em março, o governo e o Banco Central gastaram R$ 597,1 bilhões. Desse total, R$ 154,4 bilhões foram para pagamento de pessoal; R$ 232,8
bilhões, para benefícios previdenciários; e apenas R$ 39 bilhões, para investimentos.


O único ano em que houve um ajuste fiscal foi 2003. Depois, o governo aumentou fortemente o número de funcionários; não regulamentou a única reforma que fez; a da Previdência Pública; e tem usado truques contábeis para esconder o aumento do endividamento.


Note-se, por exemplo, o aumento dos créditos repassados ao BNDES. Esse é um dos truques. O governo alega que empresta ao banco, mas na verdade está aumentando o capital do banco de fomento, que concede empréstimos subsidiados muitas vezes para as próprias estatais.


— O Tesouro empresta para o BNDES com juros em torno de 5%, só que paga 9,5% de juros, que é a taxa Selic, para rolar a própria dívida. Ou seja, o Tesouro está tomando prejuízo na operação — explicou Felipe Salto, da Tendências.


A declaração do ministro Guido Mantega de que será feito um corte de R$ 10 bilhões e o aviso do ministro Paulo Bernardo de que "vai doer" não impressionam. Ao longo dos últimos anos o governo ampliou de forma extravagante seus gastos. Essa é a herança que ficará para a próxima administração.


Marinis acha que se tivesse mantido constante, depois de 2003, as despesas de pessoal e custeio em relação ao PIB, o governo poderia ter aumentado em 45% os investimentos. Felipe Salto acha que o corte anunciado serve para apagar incêndio. — O governo tem que fazer cortes pensando num horizonte mais longo. O que foi anunciado é mudança de curto prazo para apagar incêndio. Por
não ter feito isso antes, teremos mais juros e crescimento menor do PIB a partir de 2011. Crescer um ano é fácil, mas a partir do ano que vem vamos entrar num ciclo de crescimento mais baixo — afirmou Salto.

Complemento eu: estou sem tempo, mas vou botar aqui os posts nos quais já chamava atenção para esses fatos e para o aparelhamento pelos petistas. Voltem depois.
1.) aqui: http://dailyspeaker.blogspot.com/2007/04/desastre-vista.html

terça-feira, maio 11, 2010

SOBRE CHE GUEVARA, A MAIS RECORRENTE ESTAMPA DE CAMISETAS DO MUNDO

Outro dia li um twit de Marina Silva no qual dizia estar embarcando para falar para jovens estudantes de alguma coisa, em alguma cidade do Nordeste, na qualidade de "preletora"(!). Que grande prazer foi aprender mais uma coisa nova, e com gente que me motiva. Nunca tinha ouvido ou me deparado com essa palavra antes.
Do mesmo modo, ler um artigo de Percival Puggina como o de hoje serve para ilustrar-me e mostrar que nada sei, se comparado com os mestres que reproduzo aqui. Continuo, assim, tentando absorver (e não absolver, como se diz no Governo atual) conhecimento. E eles, ainda bem, provendo-o. Vejam que pérola.


Carta a um jovem fã de Che Guevara

por Percival Puggina, no Mídia Sem Máscara, em 11/05/2010

Este artigo reproduz carta que enviei a um jovem. Por e-mail, ele manifestara dissabor com o artigo "O vampiro argentino". Bem educado, em texto correto e movido por evidente boa intenção, ele expressou sua contrariedade ante a referência que fiz ao fato de "jovens que não sabem apontar com o nariz para que lado fica a Bolívia e que não conseguiriam escrever meia página sobre os episódios de Cuba andarem pelas ruas ostentando camisetas com a estampa do Che". O meu leitor sabia as duas coisas e se magoou. Nas correspondências que trocamos, pedi a ele que em vez de apontar para Bolívia, me indicasse suas razões para reverenciar a memória do argentino. Respondeu-me ele que seu herói "renunciou às comodidades de que desfrutava como médico, buscou viver e alcançar seus ideais, lutou e deu a própria vida pelas suas convicções". E acrescentou que se havia algo que ele prezava e respeitava era "a coragem e a iniciativa de uma pessoa".
Imagino que esse leitor não seja o único que firma sua admiração a Che Guevara nas mesmas bases. Eis, a seguir, o que lhe respondi. Transcrevo na esperança de que sirva para outros em idêntica situação.

Caro jovem: as razões que apontas estão muito mais no plano da reverência a certos sentimentos do que em fatos que os expressem de modo louvável. Valorizaste a coragem, os ideais, a renúncia aos confortos e bens materiais e à disposição de dar a vida por algo em que se crê. O problema do Che não estava obviamente aí, mas no uso que fez desses atributos de seu caráter. Tua referência à renúncia aos bens materiais, aliás, me fez lembrar o filme Diários de Motocicleta. Certamente o assististe. Nele, o diretor Walter Salles Jr. comete amazônica injustiça contra as religiosas que atendiam os índios no leprosário de San Pablo, no meio da selva, dezenas de quilômetros a jusante de Iquitos. Che é apresentado nas manipulações do filme como um anjo de bondade e as irmãs como megeras. No entanto, aquelas mulheres passaram suas vidas inteiras enfiadas em barracos de madeira, no meio do mato, cuidando de leprosos. Não uma semana. Vida inteira! E não por ódio a alguém, mas por puro amor ao próximo. Quem sabe passas a usar uma camiseta com a estampa das irmãs de San Pablo?

E já que falei em cuidar de doentes, lembro outro caso. Em 1913, um talentoso jovem alemão, com doutorado em filosofia, teologia, medicina e música, exímio organista, considerado o maior intérprete de Bach em seu tempo, muito bem sucedido profissionalmente, decidiu instalar por conta própria um hospital às margens do rio Ogowe, no Gabão. Ergueu-o com as próprias mãos. Como forma de mantê-lo, voltava periodicamente à Europa a dar recitais. Fez isso não por uns dias, mas por toda a vida desde os trinta anos. Em 1953, sua contínua dedicação à tarefa que abraçou lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz. É dele esta frase que bem serviria para a reflexão do vampiro argentino que se dizia sedento de sangue, médico como ele: "Tudo que é vivo deseja viver. Nenhum sofrimento pode ser imposto sobre as coisas vivas para satisfazer o desejo dos homens". Quem sabe usas uma camiseta com a estampa do pastor Dr. Albert Schweitzer?

A fuga de um prisioneiro do campo de Auschwitz, em 1941, levou o comandante a sentenciar outros dez à morte por inanição. Entre os escolhidos para cumprir a condenação havia um pai de família que muito se lastimava pela orfandade que adviria aos filhos pequenos. Pois um senhor polonês, de nome Maximiliano Kolbe, que estava preso por haver dado fuga a mais de dois mil judeus, se apresentou para substituí-lo e cumpriu a sentença que recaíra sobre seu companheiro de prisão. Com tão justificado apreço pelos valores que apontas, por que não usas uma camiseta com a estampa do padre Kolbe?

As pessoas que mencionei, meu jovem (e existem inúmeras assim!) superam Che Guevara em tudo e por tudo. Exercitaram virtudes supremas sem qualquer ódio. Deram quanto tinham, inclusive suas vidas inteiras a seus ideais. Che fez isso? Fez. Mas, se colocou a própria vida em risco, como de fato podia fazer em nome de seus ideais, achou-se no direito de, pelo mesmo motivo, tomar a vida dos outros. E tal direito ele não tinha. Isso é muito diferente e satanicamente pior! O resultado dos exemplos que citei foram vidas salvas. O resultado da obra de Che foram vidas tomadas, sangue derramado, e liberdades extintas.

Cordial abraço,
Puggina.

Agora, escrevo a quem me lê aqui: mesmo diante do que acabo de expor, muitos persistirão achando Che Guevara o máximo. Mas estão forçados a admitir que é na revolução, na luta de classes, na tomada do poder pelas armas e no comunismo que repousam seus apreços. E nesse caso me permitam afirmar que camisetas do Che são tão ofensivas e ameaçadoras, quando portadas num país livre e democrático, quanto a suástica, a foice com martelo, ou a cruz flamejante da KKK.

segunda-feira, maio 10, 2010

domingo, maio 09, 2010

MALAN, DIDATICO, NO O ESTADO DE SAO PAULO

O que temos que ver com os gregos e os outros?
por PEDRO S. MALAN, no O Estado de S.Paulo em 9/5/2010

A experiência histórica de séculos, tão bem documentada no belo livro de Rogoff e Reinhart (This Time is Different), mostra a grande frequência em que, após graves crises financeiras, as finanças públicas podem se deteriorar de maneira rápida e profunda. Os riscos associados a esta deterioração são particularmente agudos em países que já experimentavam, antes da crise, elevados ou crescentes déficits fiscais e de balanço de pagamentos; alto ou crescente estoque de dívida pública; significativa proporção desta dívida detida por estrangeiros, denominada em moeda estrangeira (ou em moeda que o país em questão não emite); elevado grau de rigidez em seu nível e estrutura de gasto público; um alto e crescente gasto com idosos e aposentados; e uma economia pouco competitiva internacionalmente.

Países que já tinham vários desses problemas antes da crise passaram a tê-los fortemente agravados pela natureza da inevitável resposta à crise. Com efeito, a necessidade de conter o pânico e o colapso da confiança nos mercados financeiros levou governos, por intermédio de seus Tesouros e bancos centrais, a uma intervenção historicamente sem precedentes, em termos de assistência de liquidez, garantias a depositantes e credores, compra de ativos dos balanços de bancos e injeções de capital em instituições financeiras e não-financeiras. As estimativas são de que os países desenvolvidos tenham assumido compromissos que, se necessário, poderiam chegar a cerca de 27% de seu PIB conjunto, nas várias formas de intervenção acima mencionadas.

Como consequência, seus déficits fiscais chegaram, na média, à faixa de 8% a 9% do PIB e o estoque de suas dívidas públicas está estimado para, na média, chegar aos 100% de seu PIB em dois anos mais. Uma expansão sem precedentes históricos em tempos de paz. No caso mais grave - o da Grécia -, o déficit público chegou a 13,6% do PIB em 2009 e sua dívida pública, a mais de 115% do PIB no ano, devendo alcançar 150% em 2014 - mesmo que a Grécia consiga reduzir seu déficit em quase 11 pontos porcentuais de seu PIB (de 13,6% para menos de 3%) em 2014. O que é altamente improvável para um país que - como vários outros, e não apenas da área do euro - já vinha seguindo uma forte e insustentável trajetória de expansionismo fiscal e que tinha - como vários outros países - muitas das características mencionadas no primeiro parágrafo deste texto.

O fato é que a questão da "crise das dívidas soberanas" estará na agenda das discussões internacionais por anos à frente. A eurozona ocupa um lugar especial por uma razão importante: os países que adotam o euro não podem esperar resolver problemas de dívida pública por meio de abruptas e não antecipadas acelerações de inflação e depreciações cambiais. Afinal, individualmente, esses países não emitem a sua própria moeda, não tendo política monetária e cambial decidida no âmbito nacional.

Esperemos que o Brasil esteja na categoria dos países que podem, mas não querem incorrer neste autoengano, porque aprenderam com as experiências - suas e de outros. Países nesta categoria sabem, ou deveriam saber, que não há alternativa que não seja evitar que a irresponsabilidade fiscal leve a dúvidas quanto à solvência de médio e de longo prazos de seus respectivos setores públicos. E, não menos importante, que é exatamente nos períodos de bonança e de euforia que se deve, precavidamente, como há muito mostraram os noruegueses, chilenos e outros, preparar o terreno para tempos mais difíceis - que sempre chegarão.

Nesse sentido, tão ou mais importante do que comemorar o décimo aniversário da Lei de Responsabilidade Fiscal é, agora, resistir às inúmeras pressões para que ela seja desrespeitada na prática e não permitir que o espírito que presidiu a sua elaboração, no final dos anos 90, seja gradualmente deixado de lado. Como já notei em outra oportunidade, construir uma reputação de comportamento fiscalmente responsável demanda muito tempo. A destruição progressiva de tal reputação pode ser realizada em muito pouco tempo.

Esse é o risco que estamos correndo. No Brasil, todos têm "muito apreço" pelo gasto público que os beneficia - e a seus eleitores. Mas este "apreço geral", que não está de forma alguma restrito aos anos eleitorais, e a voracidade com que se procura o acesso privilegiado a recursos públicos constituem o ovo da serpente de futuras crises fiscais e estão por trás das dificuldades que temos em assegurar investimentos em infraestrutura, em educação de qualidade e, em ultima análise, uma aceleração sustentada de nossa taxa de crescimento. Como vem acontecendo com países que não atentaram em tempo hábil para a importância da responsabilidade fiscal como política de longo prazo, ainda que ciclicamente ajustada.

Alguém pode perguntar: e nós com isso? Afinal, estamos em situação muito melhor do que vários países da zona do euro em termos fiscais, não temos as amarras que eles têm em termos de política monetária e cambial, estamos crescendo em matéria de consumo e investimento, atraindo capital estrangeiro, há confiança no ar. Qual é o problema? O problema no momento é a enorme complacência que existe entre nós com o agravamento de nossa situação fiscal, quando se a considera em perspectiva, incluindo todas as elevações de gastos permanentes já contratados e as expectativas de gastos por contratar. Deveríamos estar analisando com atenção os casos de crises de dívida soberana ora no foco da atenção mundial, não para derivarmos satisfação com nosso melhor desempenho relativo, mas para aprender grandes lições sobre a importância de não deixar as coisas começarem a fugir de controle nessa área. Parafraseando o grande poeta John Donne, "não me perguntes por quem os sinos dobram, eles (talvez) dobram por ti".

Mães, feliz dia!

quarta-feira, maio 05, 2010

BOLSONARO, ESTUPENDO, FALA TUDO O QUE SE PRECISA!!!

Único representante da direita brasileira que se apresenta franco, destemido e abertamente como tal, em público e para quem quiser ouvir, Jair Bolsonaro desentala das gargantas de muita gente uma parte do lixo que temos sido obrigados a engolir pela atuação esmagadora da imprensa vermelha (tom que deveria advir da vergonha) nos últimos 8 anos, corrompida por "ideai$$" ou "benefício$" espalhados à guisa de incentivo pela competência.

A peça já rolou nos emails de muitos mas pela atuação brilhante desse verdadeiro herói da resistência, queria deixá-la guardada aqui para consulta. E, claro, minhas necessidades básicas de desopilação.

TE CUIDA, NÉSTOR, TEM ALEMÃO NO TEU QUINTAL!!!

Enquanto o ex-presidente "arrentino" jogava charme para o bolivariano Hugo, com vistas ao seu projeto político da hora, sua senhôra trocava lânguido olhar com "o cara", que anda louco para dar uma bola nas costas do vizinho e tomar seu reinado com tudo dentro. Soube-se, que depois disso, "él y ella" saíram juntos para ver uns carros argentinos (foto abaixo) que ele - como sempre prometendo tudo da boca pra fora - disse que mandaria forrar de oncinha para que ela continuasse como a estadifta (sic) mais elegante e charmosa da América do Sul e depois da união deles, "do mundo".

Segundo fontes muito próximas ao Alvorada, parece que a troca do olhar 86 flagrada pelas lentes do paparazzo oficial da revista Hola desagradaram "em cheio" à D. Marisa, que no entanto, manteve-se calada. Nenhuma novidade, portanto.

Alguns sites de fofocas estão apostando numa troca de casais: CrisK e Lula assumiriam seu romance tão logo este apeasse do poder, para então poder montar sua conjunta estratégia de dominação mundial.

Já Néstor e Chávez sairiam do armário e deixariam tudo para trás, indo morar juntos em Tegucigalpa, no mesmo condomínio de "el bigodón" Zé Laya.

segunda-feira, maio 03, 2010

EMAIL QUE ROLA POR AÍ: ALÔ, CONTAS ABERTAS, CONFERE?

VOCÊ JÁ VIAJOU PARA A EUROPA? É MUITO CARO, NÃO É MESMO? VOCÊ NEM PENSA NISSO? ESTÁ ACIMA DAS SUAS POSSIBILIDADES? SEI COMO É, VOCÊ TEM QUE TRABALHAR MUITO PARA PAGAR IMPOSTOS E MAIS IMPOSTOS, NÉ?
EM COPENHAGEN, NA DINAMARCA, HOUVE UMA CONFERÊNCIA SOBRE O CLIMA!
E O BRASIL, COMO NÃO PODIA DEIXAR DE SER, ENVIOU SUA COMITIVA, CHEFIADA PELO SEU PRESIDENTE LULA. BOM, ATÉ AÍ, TUDO NORMAL!
MAS QUANTAS PESSOAS VOCÊ ACHA QUE O SR. PRESIDENTE LEVOU NA COMITIVA?
PENSE... PENSE... MAIS UM POUQUINHO... VEJAMOS:
- A MULHER DO LULA (TÁ CERTO, O CARA PRECISA! EMBORA ELA NÃO FAÇA NADA, NUNCA!)
- O MINISTRO DO MEIO AMBIENTE, IDEM, OK;
- MAIS UNS 10 OU 20 ESPECIALISTAS; VÁ LÁ, PRECISA;
- O LULA TEM QUE DAR MORDOMIAS PRA DEPUTADOS QUE GARANTEM AS ROUBALHEIRAS. MAIS UNS 30 DEPUTADOS? O QUE? VC ACHA MAIS UNS 50? OK, VAMOS PENSAR GRANDE, QUE TAL UMA COMITIVA DE 100 PESSOAS? MUITO?

BOM, AGORA VOU CONTAR. NÃO SE IRRITE, EU NÃO TENHO NADA COM ISSO! SOU SÓ O PORTADOR DA NOTÍCIA...

FORAM LEVADOS JUNTO COM O PRESIDENTE LULA, 743 VAGABUNDOS!!!

É ISSO MESMO QUE VOCÊ ESTA LENDO, O LULA LEVOU NADA MENOS QUE 743 CONVIDADOS.

QUEM PAGOU TODAS ESSAS PASSAGENS? FOMOS EU E VOCÊ...

VOCÊ QUE TRABALHA O ANO INTEIRO, SENDO ROUBADO EM IMPOSTOS, IMAGINE O CUSTO DESSE CRIME: PASSAGENS, HOTEIS, DIÁRIAS EM DINHEIRO, COMPRAS COM CARTÃO CORPORATIVO, E TUDO SEM PASSAR NA ALFANDEGA NA VOLTA, CLARO!

SÓ PRA COMPARAR: O PAIS MAIS RICO DO MUNDO, OS ESTADOS UNIDOS, MANDARAM 120 PESSOAS.

E TEM GENTE QUE AINDA ACHA QUE O LULA É O CARA!!!

E NÓS, SOMOS O QUÊ?

KARALHOKOPTER 23