Diz-se que o Governo de Lula e o PT acabaram com a capacidade dos brasileiros de se indignarem. É um fato. Isso ficou patente na semana passada, quando vários articulistas e editorialistas foram unânimes, quando, refletindo sobre a visita do ex-presidente Fernando Collor ao atual, L.Inácio, afirmaram quase que em uníssono, que as falcatruas do primeiro pareciam brincadeiras de criança quando comparadas com as de Lula e sua turma.
Independente das comparações, o que mais espanta é o conformismo com que encaram eles (e encaramos nós, também, haja vista o silêncio coletivo do populacho) o fato de que tudo o que se apurou e tentou provar no ano de 2006, ficará por isso mesmo e dane-se. Esta mostra de tolerância extrema, este cansaço da sociedade, pela descrença generalizada, tudo isso compõe o terreno mais fértil para que a nação brasileira se exploda. Rápido.
Nada mais vai importar, se sancionados os crimes cometidos pelos membros do PT. Pior do que saque aos cofres públicos, pagamentos de tarefas nunca executadas, dólares na cueca, a incompetência endêmica no lidar com a coisa pública - através de trocentos ministérios e secretarias inoperantes -, pior do que isso tudo é uma única coisa, que penetra pela consciência da juventude brasileira como uma tatuagem indolor, de cores invisíveis: a desesperança.
Pela garotada poder ver, agora, o que antes apenas pressentia: que tudo está baseado na mentira, no marketing da mentira, na farsa da enganação. Àquele partido auto-proclamado trabalhador, limpo, honesto, sério, austero, ético (cruzes, ético!) bastou chegar ao poder para agir MUITAS VEZES PIOR do que os anteriores todos, que nem faziam propaganda de suas virtudes. Lutavam também para “chegar lá” e roubar na medida do que podiam. Roubavam sem justificar, escondido, e se eram flagrados, pagavam por isso.
A desfaçatez do PT é que é nociva. A cada escândalo surge alguém para dar uma explicação, as quais até o João-Sem-Braço repudiaria, pela cara-de-pau extremada.
Com a juventude se acabrunhando, desesperançada por esse determinismo do “não adianta fazer nada”, nada mesmo restará senão a lei-do-cão, onde, cada um por si defenderá o seu pedaço de chão como puder, enquanto houver chão. Já, cães, há muitos. As situações desnudadas pela PF vem mostrando isso todos os dias. Se passar a carrocinha, não fica um.
Só uma reação extremada, a justiça sendo tomada nas mãos de um grupo de cidadãos cujas úlceras estejam a ponto de estourar, surtirá efeito.
Só uma limpeza ética devolverá ao Brasil o seu lugar junto do resto das nações.
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Há 3 anos
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