Anos atrás, o senador Antonio Carlos Magalhães, então presidente da Embratel, estatal monopolista das comunicações no país, serviço essencial, portanto, dissolveu uma greve de funcionários programada para a semana seguinte mandando informar-lhes, numa sexta-feira, que, embora reconhecesse seu direito constitucional à greve, demitiria os que não aparecessem para trabalhar na segunda seguinte. A greve acabou antes mesmo de começar.
O ex-presidente Fernando Collor, antes de se deixar seduzir pelo canto das sereias financeiras comandadas por P.C. Farias, arrumou lindamente a nossa casa, quebrando para isso, no entanto, alguns jarros sagrados. Abriu as janelas do país para a modernidade reduzindo as alíquotas de importação e oxigenando um ambiente saturado, degradado e dominado por uma indústria que repassava toda a sua ineficiência para os consumidores, os preços majorados à brinca camuflados sob a poeira da inflação. Tachou nossos carros de carroças e abriu o olho da nação. Não há como tirar-lhe este mérito, dentre outros de sua corajosa ruptura da inércia enredante.
Governantes com coragem fazem muita falta. Para comparar, vejam como os de hoje agem:
Lula, que se acostumou ideologicamente a passar a mão na cabeça do MST, que invade e depreda desde propriedades rurais até o Congresso Nacional (!), passando por centros de pesquisa de empresas privadas (sem que haja alguém na cadeia por isso) decidiu agora ir contra a punição exemplar dos facínoras “menores de idade”, e joga a culpa da violência, de modo infantil, nos modelos econômicos anteriores, esquecendo-se de que o seu governo e modelo nada fez além de dar continuidade ao anterior, apenas sem ter de enfrentar a oposição tacanha de seus (dele, Lula) próprios correligionários.
Estes “menores” o são apenas para estes fins, já que matam e roubam e traficam como gente grande. Lula agora decidiu que vai implantar o Vale-Bandido, idéia capaz de lhe arrebatar o Nobel (só podia ter sido urdida por alguém como a Benedita) da Imbecilidade, ao proporcionar às famílias de menores-infratores-assassinos-ladrões, que estejam recolhidos a alguma instituição, uma forma de sustento que substitua os trocados que os trombadas deixam de pingar enquanto no ostracismo. Um show!
Não caberia aqui copiar o mentor Fidel e adotar, vindo ao encontro dos anseios de justiça da sociedade, o rito sumário e um paredón idem, para crimes bárbaros comprovados, como o do menino João Hélio, perpetrado com requintes de crueldade e, pior, já confessado pelos autores? Não faria melhor à sociedade toda o exemplamento dos facínoras, em praça pública, como na milenar China comunista? A economia dos recursos da manutenção dessas “coisas-ruins” em jaulas, não poderia ser eficientemente dirigida a projetos educacionais e de integração diversos?
E o "prefeito" César, que ao invés de cobrar com veemência e atitude às suas equipes, a fiscalização sobre marquises (e fachadas e rebocos cadentes) tão decrépitas quanto a sua atual capacidade de raciocínio, pretende simplesmente proibir suas existências, doravante? Deve ser ele daqueles que pensam que, se tirarem o sofá da sala, suas caras-metades deixam de corneá-los em casa mesmo. Depois de certo tempo, afirmou que a medida seria apenas temporária, provavelmente pelo tempo que durarem seus surtos. No entanto, não deveria ser ele, o prefeito da vez - assim como qualquer outro que o suceda no cargo -, o responsabilizado pelas mortes ocorridas em Copacabbana, tanto criminal quanto financeiramente, vez que é para fiscalizar posturas que serve a Prefeitura, além de cobrar dos moradores da cidade taxas duríssimas, exatamente para a sua conservação?
Infelizmente, o que vemos é a covardia imperando, as decisões murchando, as atitudes minguando, as soluções óbvias sendo tragadas pelo medo da repercussão junto a uma "opinião pública" jamais vista (talvez intuída - no mais das vezes meramente inventada e incutida, pelos bons-moços socialistas, às redações, através da repetição exaustiva de preceitos “politicamente corretos”), quiçá inexistente.
Falta-nos uma boa dúzia de homens ou mulheres com sangue nas veias e verdadeiro espírito público. Gente que não tema o que lhes sopram nos ouvidos mas que enfrente os fatos com coragem e determinação. Gente com aquilo rôxo.
Chega de hipocrisia e tolerância.
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Há 3 anos
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