terça-feira, junho 26, 2007

TRISTE, MAS VERDADEIRAMENTE TRISTE: LEIAM!!!

A gente vai colhendo uns indícios aqui e ali e acaba escrevendo coisas sob a forma de "artigos indignados" ou "posts irados"(estes, na velha acepção da palavra) berrando contra a situação que a nação enfrenta atualmente, desprezada e explorada ao limite. Aí vem um jogador de futebol e em carta bastante direta, fala com muito mais propriedade e simplicidade sobre o que vai no seu coração. O efeito é muito, mas muito maior. Não deixem de ler até o fim esta carta do jogador Zé Roberto, ex-Santos e ex-futuro integrante da Seleção Brasileira, ao se despedir, de vez, deste Brasil de agora. Apenas em nome de uma mínima coerência.

"Inicialmente gostaria de expressar minha gratidão ao Brasil. Foi com prazer que por muito tempo defendi a camisa canarinho e me orgulhei de ser brasileiro.


Infelizmente este país não faz mais parte de mim. Por muitos anos vivi com minha família na Alemanha e me identifiquei completamente com o país. A despeito de certos intolerantes e racistas, que são minoria, minha família se integrou totalmente ao modo de vida alemão. Minhas filhas mal falam português e são totalmente fluentes em alemão.

Para voltar ao Brasil, isto pesou muito. Queria que elas se sentissem, como me sentia, brasileiro. Queria que conhecessem o meu país, que falassem a minha língua nativa, queria mostrar o lado bom do Brasil, um pouco diferente daquilo que volta e meia aparece nos noticiários de TV alemão.

A tentativa foi em vão. Muito embora tenhamos ficado em uma cidade muito acima da média do padrão de vida brasileiro, os males que a assolam me parecem regra, não exceção na vida brasileira. Não nos era permitido andar sem seguranças; Minhas filhas não podiam em hipótese alguma passear ou brincar na rua; Ir à praia que fica a menos de 100m de nosso apartamente também era contra a recomendação do que nos passavam os seguranças e companheiros de clube.

Todo o tempo que estivemos no Brasil, ainda que livres fisicamente, éramos reféns psicológicos. Mesmo sendo um ídolo local, o risco parecia nos acompanhar a cada esquina virada, a cada momento em que passeávamos. A sombra do sequestro ocorrido dois anos atrás com outro ídolo local, Robinho, nos perseguia por todos os lados.

Assistir o noticiário televisivo alimentava ainda mais nossos medos. Por sorte, minhas filhas não entendem muito bem português. Se entendessem, descobririam um país em que o crime está por todos os lados: está nas escolas, está nas faculdades, está no Judiciário, está no Congresso e está até mesmo na família do presidente. Imagino o choque cultural para elas, criadas em um país com padrões morais tão rígidos. Me ponho no lugar delas e penso como deve ter sido desagradável esta estadia no Brasil. O que pensavam quando dizíamos que elas não podiam andar livremente nas ruas? O que pensavam quando dizia que era melhor não dizer às amigas que eram minhas filhas? Como entendiam que não brincar na rua, que não passear em parques e que sempre andar com aqueles homens que não conheciam era o melhor para elas?

Minhas filhas devem ter detestado o Brasil. Foi com muita alegria que receberam a notícia de que voltaríamos à Alemanha. Além da segurança, há a questão da discriminação. Embora etnicamente muito diferente da população local, minhas filhas sempre foram respeitadas e nunca vistas com menosprezo. Aqui no Brasil, onde todas as raças se misturaram e não dá para saber quem é o que, sofríamos com um tipo de discriminação inimaginável para elas: Éramos vistos como anormais por nossa religiosidade. Por aqui imaginam que negros sofram de racismo na Alemanha, mas praticam uma intolerância inexplicável por sermos evangélicos. Ou, como é dito pejorativamente por aqui, somos "CRENTES", palavra carregada de maus juízos. Dentro do futebol, jogadores como eu que se organizam em grupos chamados de "Atletas de Cristo" são vistos com ressalvas, especialmente pela mídia que acompanha o esporte.

Por todos estes motivos, levo minha família de volta à Europa. Pelo meu sucesso e também pelas nossas escolhas, o Brasil se tornou um suplício para aqueles a quem mais amo. Batalhei a vida inteira para sair da pobreza e ter sucesso profissional. Acima de tudo isto, sempre busquei construir uma família feliz e correta. Hoje, a felicidade de minha família tem como pré-requisito afastá-las do Brasil. Por isto que, ainda que com tristeza, faço o melhor para elas.

Aos meus fãs, muito obrigado. Ao Brasil, boa sorte."

ZÉ ROBERTO

JABORDOADA POÉTICA NOS CÓRNOS DOS CORNOS

Brilhante a coluna de hoje do Jabor no O Globo, Segundo Caderno, para quem não leu. Vai ficar aqui "forevis", como exemplo de verve, inteligência e sobretudo, indignação aliada a "cojones". Pois tem sido um dos poucos a botar a cara na janela, sem medo do governete que nos domina como a ovelhas tosquiadas em estado de catatonia funcional. Viva Jabor!

A teoria do canalha
Estamos sob o ataque de um enxame de malfeitores


"Eu não sou um canalha, eu sou o canalha.

Tenho orgulho de minha caradepau, de minha capacidade de sobrevivência, contra todas as intempéries.

Enquanto houver 20 mil cargos de confiança no país, eu estarei vivo, enquanto houver autarquias dando empréstimos a fundo perdido, eu estarei firme e forte. Não adianta as CPIs querendo me punir. Eu saio sempre bem. Enquanto houver este bendito código de processo penal, eu sempre renascerei como um rabo de lagartixa, como um retrovírus, fugindo dos antibióticos. Eu sei chorar diante de uma investigação, ostentando arrependimento, usando meus filhos, pais, pátria, tudo para me livrar. Eu declaro com voz serena: Tudo isso é uma infâmia de meus inimigos políticos.

Eu não me lembro se esta loura de coxas douradas foi minha secretária ou não. Eu explico o Brasil de hoje. Eu tenho 400 anos: avô ladrão, bisavô negreiro e tataravô degredado. Eu tenho raízes, tradição. E eu sou também ‘pósmoderno’, sou arte contemporânea: eu encarno a real-politik do crime, a frieza do Eu, a impávida lógica do egoísmo.

No imaginário brasileiro, eu tenho algo de heróico. São heranças da colônia, quando era belo roubar a Coroa. Só eu sei do delicioso arrepio de me saber olhado nos restaurantes e bordéis. Homens e mulheres vêem-me com gula: ‘Olha, lá vai o canalha....!’ — sussurram fascinados por meu cinismo sorridente, os maîtres se arremessando nas churrascarias de Brasília, e eu flutuando entre picanhas e chuletas, orgulhoso de minha superioridade sobre o ridículo bom-mocismo dos corretos.

Eu defendo a tradição endêmica da escrotidão verde-e-amarela. Sem mim, ninguém governa.

Sem uma ponta de sordidez, não há progresso.

Eu criei o Sistema, que, em troca, recria-me persistentemente: meus meneios, seus ademanes, meus galeios foram construindo um emaranhado de instituições que regem o processo do país. Eu sou necessário para mantêlas funcionando. O Brasil precisa de mim.

Eu tenho um cinismo tão sólido, um rosto tão límpido que me emociono no espelho; chego a convencer a mim mesmo de minha honestidade, ah! ah!... Como é bom negar as obviedades mais sólidas e ver a cara de impotência de inquisidores. E amo a adrenalina que me acende o sangue quando a mala preta voa em minha direção, cheia de dólares. Eu vibro quando vejo os olhos covardes dos juízes me dando ganho de causa, ostentando honestidade, fingindo não perceber minha piscadela maligna e cúmplice na hora da emissão da liminar... Adoro a sensação de me sentir superior aos otários que me compram, aos empreiteiros que me corrompem, eles humilhados em vez de mim.

Eu sou muito mais complexo que o bom sujeito.

O bom é reto, com princípio e fim; eu sou um caleidoscópio, uma constelação.

Sou mais educativo. O homem de bem é um mistério solene, oculto sob sua gravidade, com cenho franzido, testa pura. O honesto é triste, anda de cabeça baixa, tem úlcera.

Eu sou uma aula pública. Eu faço mais sucesso com as mulheres. Elas se perdem diante de meu mistério, elas não conseguem prenderme em teias de aranha, eu viro um desafio perpétuo, coisa que elas amam em vez do bondoso chato previsível. A mulher só ama o inconquistável.

Eu conheço o deleite de vê-las me olhando como um James Bond do mal, excitadas, pensando nos colares de pérolas ou nos envelopes de euros. Eu desorganizo seu universo mental, muitas vezes elas se vingam de mim depois, me denunciando — claro — mas só eu sei dos gritos de prazer que lhes proporcionei com as delícias do mal que elas adivinhavam.

Eu fascino também os executivos de bem, porque, por mais que eles se esforcem, competentes, dedicados, sempre sentir-seatilde;o injustiçados por algum patrão ingrato ou por salários insuficientes. Eu, não, eu não espero recompensas, eu me premio. Eu tenho o infinito prazer do plano de ataque, o orgasmo na falcatrua, a adrenalina na apropriação indébita.

Eu tenho o orgulho de suportar a culpa, anestesiá-la — suprema inveja dos neuróticos.

Eu sempre arranjo uma razão que me explica para mim mesmo. Eu sempre estou certo ou sou vítima de algum mal antigo: uma vingança pela humilhação infantil, pela mãe lavadeira ou prostituta que trabalhou duro para comprar meu diploma falso de advogado.

Eu posso roubar verbas de cancerosos e chegar feliz em casa e ver meus filhos assistindo a desenho na TV. Eu sou bom pai e penso muito no futuro de minha família, que graças a Deus está bem. Eu sou fiel a uma mulher só, que vai se consumindo em plásticas e murchando sob pilhas de Botox, mas nunca as abandono, apesar das amantes nas lanchas, dos filhos bastardos.

Eu não sou um malandro — não confundir.

O malandro é romântico, boa-praça; eu sou minimalista, seco, mais para poesia concreta do que para o samba-canção. Eu tenho turbocarros, gargalho em Miami e entendo muito de vinho. Sei tudo. Ultimamente, apareceram os canalhas revolucionários, que roubam ‘em nome do povo’. Mas eu, não. Sou sério, não preciso de uma ideologia que me absolva e justifique. Não sou de esquerda nem de direita, nem porra nenhuma. Eu sou a pasta essencial de que tudo é feito, eu tenho a grandeza da vista curta, o encanto dos interesses mesquinhos, eu tenho a sabedoria dos roedores.

Eu confio na Justiça cega do país, no manto negro dos desembargadores que sempre me acolherão. Eu sou mais que a verdade, eu sou a realidade. Eu acho a democracia uma delícia.

Eu fico protegido por um emaranhado de leis malandras forjadas pelos meus avós. E esses babacas desses jornalistas pensam que adianta esta festa de arromba de grampos e escândalos. Esses shows periódicos dão ao povo apenas a impressão de transparência, têm a vantagem de desviar a atenção para longe das reformas essenciais e mantêm as oligarquias intactas. Este país foi criado na vala entre o público e o privado. Florescem ricos cogumelos na lama das maracutaias. A bosta não produz flores magníficas? Pois é. O que vocês chamam de corrupção, eu chamo de progresso. Eu sou antes de tudo um forte!.”

quinta-feira, junho 21, 2007

O MIFU E SEU ANTA-MINISTRO

Temo não conseguir comentar um artigo tão ruim com a classe e a lucidez com que o fariam alguns dos Mestres, como Olavo de Carvalho, Diogo Mainardi, Dora Kramer, Augusto Nunes, Ubiratan Iorio, Alberto Oliva, Reinaldo Azevedo, Miriam Leitão ou Arnaldo Jabor (entre diversos outros), mas tentarei. Algo que não entendo é a Folha de São Paulo, mesmo em suas páginas "ruborizadas", dignar-se a, ainda hoje, permitir tanta empulhação. Ou Harvard, a sequer conceder-lhe endereço de email.

Bom mesmo foi quando, acidentalmente coerente, mandou isto, publicado originalmente na edição de 15/11/2005 do jornal Folha de S. Paulo:

"Pôr fim ao governo Lula
AFIRMO que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos.
Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente." (...)


Melhor serviço prestou-nos Ancelmo Góes, que atribuiu-lhe o MiFu – Ministério do Futuro. Arre! O texto em verde é o original, a parte em vermelho são os meus comentários.


FOLHA DE SÃO PAULO de 26/09/06
ROBERTO MANGABEIRA UNGER

Nosso futuro (negro)

DIZEM versos em sânscrito, escritos há mais de dois mil anos: "A esperança é uma corrente que nos amarra uns aos outros. Maravilha de corrente. Os acorrentados correm longe. Os desatados ficam mancos". (Versos que denotam que, mesmo sendo antiguidade, posto, já naquela época havia gente muito imbecil. Acorrentados só correm longe se for competindo com os desatados do PT. Dada a incomPeTência, quero dizer... )

Nada no desalento e nas desilusões do momento nos deve fazer esquecer que o Brasil reúne condições para ser grande país. Vasto território, ainda pouco povoado, com recursos hídricos e biológicos inigualados. Facilidade para semear e para colher o ano todo. (Com esta tese é que deve ter sido ganha a sua entrada em Harvard. É mesmo perfeita.) Distanciamento, inveterado e convicto, de guerras e de hegemonias. (Vou aliviar, apenas em prol da seqüência (i)lógica.) Ausência de ódios arraigados e de divisões insanáveis. Povo mais capaz de assimilar e de misturar etnias e culturas do que o americano, que dessa capacidade sempre se vangloriou. Flexibilidade de espírito e pendor para o improviso. (É mesmo. Ninguém pirateia, rouba, falsifica, copia e dá tanto valor ao analfabetismo triunfal, à malandragem escorregadia e à mania de levar vantagem do que nós.) Fé, combalida, porém ainda viva, na possibilidade de reconciliar a pujança com a ternura. (O que quer que isso seja, talvez se refira ao fruto da mistura de Viagra com palavras gentis na hora do estupro.)

Contra tudo isso de promissor levantam-se três ameaças a nosso futuro. A primeira é ensino público incapaz de equipar a energia frustrada do país. (Sem comentário possível, por ausência de nexo.) A segunda é vida pública - e sobretudo sistema partidário - que desmoralizam ou suprimem as alternativas, de projeto e de poder, de que precisa a nação. (Queiram, por favor, dirigir-se ao imaculado Partido dos Trabalhadores. Peçam para falar com o Sr. José Dirceu.)
A terceira é falta de identificação de nossos quadros dirigentes com o futuro do Brasil. (Aqui está, finalmente, uma verdade absoluta!)

Por conta dessa falta, ainda não se consolidou entre nós o desejo de lutar para afirmar, dentro da humanidade, nossa originalidade coletiva e para transmitir mensagem que seja universal justamente por ser singular. (Claro! Precisamos conscientizar a nação para envidar esforços e demonstrar a excelência do rebolado de nossas cabrochas e dos benefícios da jabuticaba para a saúde dos povos, mundo afora.)

Não começaremos a aproveitar aquele potencial e a superar estas ameaças se continuarmos, depois da eleição, as rivalidades e as confusões de antes da eleição. (E nem se tiverem de perder tanto tempo se defendendo da rica e variada quantidade de crimes que tão injustamente "dizem" que praticaram nesse período. Ou o tempo que perderão na cadeia pagando pelos mesmos. Isso, "com certeza" causará um enorme atraso nos planos.)

Também não o faremos pelo caminho de governo de união nacional que sacrifique a consenso gelatinoso e conservador a dialética de idéias e a inovação de rumo vitais ao país. (Sim. Rumo ao Grande Concílio de Países Contrários aos EUA, dirigido por Ahmadinejad e cujo vice seria, obviamente o Grande Guia ..., o Chávez (peguei vocês, como ele também passaria a perna no Lula, esse permanentemente desinformado coitadinho.)

Todos nós que queremos construir o desenvolvimento com inclusão e tirar a política da sombra corruptora do dinheiro precisamos nos unir. (Unger, se fosse aceito - o que não ocorreria, haja vista sua imbecilidade ímpar - deveria querer unir-se a nós, liberais, pois o PT não fez outra coisa senão usar o - nosso - dinheiro para corromper tudo o que decidiu corromper.) Lutar para que o novo governo, que, por veredicto da maioria pobre, será o do presidente reeleito, atue como agente desse projeto. (Qual? O de corromper? Que tal corromper o povo todo?) E providenciar, junto com a mudança nas regras da política, o instrumento partidário adequado. (Sim, instituindo o paredón, uns poucos gulags e, como instrumento partidário adequado, a guilhotina, não?)
Para que o Brasil mude de rumo, o presidente terá de ousar. Alguns de seus adversários de ontem terão de ser seus aliados de amanhã. (Eu apostaria forte nas maravilhosas contribuições à coisa pública e à riqueza nacional que seriam empreendidas pelos seus inimigos históricos e ilibados tribunos, Sarney, Barbalho, Quércia, Newtão, Aldo, Ronan, Janene, para citar apenas alguns dos mais operosos, além dos próceres inatacáveis do Partido, Dirceu, Genoíno, Delúbio, Cunha, Palocci, Silvinho, Duda, Mercadante, Guadagnin. Temo deixar muita gente de fora e ser chamado de injusto.) O debate nacional terá de contar com mais, não menos, contraste de posições. E a nação toda terá de encontrar dentro de si os recursos, de magnanimidade e de clarividência, necessários a seu engrandecimento. (Quem sabe procurando nas cuecas dos amigos, ou na retórica de Gil, Betti & Tiso ou ainda na capacidade de antevisão e empulhamento popular dos descarados Marcio Thomaz Bastos e Marco Aurélio Garcia. )


www.law.harvard.edu/unger

segunda-feira, junho 18, 2007

O QUE SERÁ DE NÓS?

O que será da vida dos brasileiros nesta grande e triste terra, já tão coalhada de hipocrisia, falta de ética, caráter e da mais ampla desonra da família brasileira?

Não se vê nenhum tipo de reação ou de indignação (a anestesia está em pleno curso, gotejando nas veias abertas da Brasilatrina) nem mesmo quando o expoente máximo desta desonra é parido na fuça de todos, uma excrescência tão larga e funda que precisamos admitir imediatamente que SOMOS TODOS MUITO COVARDES MESMO. A começar pelos antigos chefes militares, hoje empijamados e muito provavelmente acometidos de problemas nas próstatas que os emascularam mentalmente em definitivo. Mas será possível que não deixaram ou plantaram, seguidores? Na Escola Superior de Guerra, no Colégio Militar, será que está tudo dominado pela hera vermelha e maldita? Avisem-nos se assim fôr, deixaremos de achar que vocês farão alguma coisa... e vamos pedir para sair enquanto é tempo!

Mas É uma AFRONTA a tudo e a todos, talvez a maior de todas que eu já tenha visto em cinqüenta anos acompanhando a vida nacional, um milhão de vezes muito pior do que a deslavada ROUBALHEIRA federal, alguém achar que o assassino, ladrão, traidor de colegas de farda e da pátria, que nem sua família deve consegue engolir direito sem se envergonhar senão pelo desenlace final - uma baita grana na conta, além dos "reparos" - a equiparação de Carlos Lamarca, pérfido personagem da história recente do país, ao cargo de General.

Nenhum traidor de um status-quo de momento, jamais, com ou sem anistia, em qualquer lugar do mundo, foi considerado um bom-moço e teve direitos reconhecidos. Pois que antes de tudo ele TRAIU seus chefes. Não bastasse isso, a traição de Lamarca foi realçada, para o lado maligno, pelas circunstâncias que a cercaram. Traidor merece morrer!

Os Governos comuno-socialistas encaminharam milhões para os fios das baionetas ou para paredões, sempre sob essa alegação, executando-os por comentários feitos, conversas entreouvidas ou simples delação. Não necessariamente por atos de violência cometidos. Depois de derrotados ou de desistirem de seus projetos inviáveis, nunca não se soube de famílias buscando reparação desses atos, por eles considerados "de guerra" ou "contra os interesses da nação". Quando se davam ao direito de falar alguma coisa.

Olhem a diferença. Lamarca traiu, roubou e matou! Em que cabeças isso pode ser transformado em "anistia"? Isso só acontece aqui mesmo, nesta BOSTA de país. Com esta BOSTA de povo, no qual me incluo... por não ter abandonado minha esperança enquanto é tempo.

E pior, este nosso povo de bosta, esta boa gente brasileira vai ficar mudinha, prostradinha, caladinha, esperando que venham tomar seus bens e pertences, e ainda vão acabar pedindo baixinho, "Moço, me estupra mas não me mata, tá bom?"

Como diz o sábio Bóris Casoy, "ISTO É UMA VERGONHA"! Mesmo.

Nem a existência dessa miríade de lindezas como as Giselle Bündchen, Camila Pitanga, Ellen Jabour, Aline Moraes e Priscila Fantin, para citar só cinco, é capaz de arrefecer minha extrema desilusão com a nossa quietude desalentadora neste caso.

quinta-feira, junho 14, 2007

MUITA HIPOCRISIA

Este email eu recebi em inglês e traduzi e adaptei para a realidade brasileira, por considerá-lo bastante ilustrativo do clima de terror surdo em que vivemos, patrulhados dia e noite pelas minorias que se escudam no politicamente correto para fazerem uma porrada de sacanagens inimagináveis e pretenderem que o resto da sociedade ache suas atitudes normais e coisa de gente. Não são, são via de regra aberrações e da pior qualidade, como no caso dos grupos que imaginam que sua sexualidade estranha tem de ser engulida pela sociedade como um todo. No das etnias, acreditem, são muito mais racistas, em essência, do que a mesma sociedade que os abriga como pessoas exatamente iguais. Eles, sim, é que nos consideram diferentes. Leiam.

Eu não acho que ser de uma minoria faça de alguém uma vítima de algo além dos números. As únicas coisas que eu considero verdadeiramente discriminatórias são do tipo: cotas para pessoas não-brancas nas Universidades; a Casa de Cultura da Mulher Negra; o CENEG - Centro Nacional de Valorização da Raça Negra; o CONE, Coordenadoria do Negro (obra da prefeitura petista de SP); a revista on-line Afirma-Revista Negra; e similares, como os sites "Mundo Negro", "NossaNegritude", e para culminar, o lançamento do Concurso Miss Negra.

Agora, pensem - baixinho, se é que é possível - em coisas com nomes do tipo:"Revista das Brancas", ou "Casa de Cultura da Mulher Branca", ou "Concurso de Miss Branca", ou "cotas para não-negros", ou ainda um site chamado de "Mundo Branco", só para sentirem o que aconteceria. E ai de quem os usasse ou mencionasse em algum veículo de comunicação!

Em meia hora a Igreja e o PT iriam bater na sua porta, acompanhados por uns três camburões da Polícia Federal, cercados de jornalistas e locutores de TVs todos loucos por um escândalo, mais uns treze advogados tendo nas mãos a Lei Afonso Arinos, além de grupos de representantes de todas as minorias do mundo, setecentos e dezoito manifestantes portando faixas com escritos sobre qualquer coisa e, de quebra o pessoal do Greenpeace.

Armas não fazem de alguém um assassino. Matar, sim. Você pode matar alguém com um chute, com as mãos ou com seu carro, mas ninguém tenta fazer com que você deixe de dirigir até o Maracanã, o Pacaembu ou fica patrulhando na porta do boteco para saber se você bebeu e vai sair dirigindo por aí.

Eu também entendo que, se você acha o homossexualismo e as demais "formas de amor entre iguais" errados, não é uma fobia, é apenas a sua opinião. Que tem de ser respeitada.

Eu acho que tenho o direito de não ser tolerante com os outros apenas porque são diferentes, amalucados ou porque me dão ganas de alguma natureza.

Se num determinado lugar, 70% das pessoas que vão presas são negras, em cidades em que a 70% da população é negra, uma menção a isto não pode ser considerado como discriminação racial, é apenas a Lei das Probabilidades. Que não consta de nenhuma Constituição, nem foi feita pelo homem.


Eu acho que a competência e a disposição para o trabalho devem ser sempre recompensadas. Assim, caras como o Bill Gates tem todo o direito aos lucros que obtém e até mesmo ganhar ainda mais. Se isso lhe desagrada, saia e invente um sistema operacional que seja melhor e depois escreva seu nome na porta do edifício. Não tenha ódio da Microsoft só porque ele (e ela) foram competentes.

Não se faz necessária toda uma comunidade para criar uma criança bem, mas um pai para fazer-lhe entender as coisas e ter em quem confiar; e ainda, dar-lhe uma sonora palmada quando fôr necessário e saber dizer-lhe: "Não"!

Eu concordo que alguém se tatue ou use piercing, se quiser, mas que não venha me dizer que são formas de expressão. E, por favor, não vá trabalhar até que seu novo brinquinho, no lábio ou no umbigo, cicatrize. Ninguém merece ver sua boca ou barriga infeccionados quando você traz um chope ou prepara um pastel.

Na realidade, eu estou é cheio do que se entende por "politicamente correto". Eu conheço um lote de crioulos, todos chamam-se uns aos outros de "negão" ou de "pretinho", a mim de "branquelo" e nenhum de nós se importa de fato com isso. Afinal nossas principais características pessoais, depois do gênero - cada vez mais difícil de acertar - são nossa cor de pele e nosso tamanho. Como nenhum dos prêtos que eu conheço nasceu na África, como é que eles poderiam querer ser "afro-brasileiros"? A África é um continente! Vejam, eu não saio por aí dizendo que sou "europeu-brasileiro" só porque meu tatatataravô veio de Portugal ou de qualquer outro país da Europa. Sou apenas brasileiro, e com muito orgulho.

Não preciso que nenhum governo venha me ensinar como usar as palavras. Principalmente porque nesse Governo são pouquíssimos os que sabem como usá-las.

Chega de hipocrisia.