Os demais "princípios" do PT não se aplicam a um mundo moderno e dinâmico como o de hoje. Extraindo-se de sua cartilha a preocupação com os menos aquinhoados, nada mais se aproveita. Suas propostas são tão lindas quanto inexeqüíveis, tão arrebatadoras quanto falsas em sua essência, e não cabem dentro do panorama atual por absurdamente atrasadas, retrógradas, viciadas. Até a China - um país "comunista-inteligente", por assim dizer - já entendeu que precisa de capital estrangeiro (se não o gera internamente) para financiar seu crescimento e então democratizar os benefícios. Foi, pelo segundo ano, o país que mais pagou "royalties" e enviou lucros ao exterior, sem que isso a impedisse de tornar-se a 6a. potência econômica do mundo, suplantando a Itália e estando em vias de engolir a França para obter o quinto posto. Comunismo prático de resultados. Num país sabidamente recheado de corruptos, principalmente nas hostes dominantes e comunistas, como só a China tem.
Mas a pretensa honradez do PT ainda seduziria muita gente boa aqui se fosse uma verdade absoluta, o que não acredito. Pois ninguém verdadeiramente honrado admitiria, por um momento sequer, relacionar-se, ou pior, espelhar-se, ou pior ainda, compactuar com um ditador como Fidel Castro, que a despeito da figura mítica e barbuda, boa para ilustrar fotos de revista, e sua verve estudada e poderosamente engabeladora, é apenas um tirano opressor que simplesmente assassina os conterrâneos dissidentes.
Então, é pau no Lula e no PT, por seu atraso indelével. E como diz um sábio conhecido, para ganhar qualquer eleição do Lula basta deixá-lo falar. Um microfone aberto, próximo a êle, enterra qualquer pretensão do partido... Nem precisa de repórteres fazendo perguntas.
Bem, toda essa volta foi dada para falar de honra, de honrar, da honradez. Pois acho que o que falta à nação brasileira hoje, antes de mais nada, é alguma coisa à qual honrar. Um verdadeiro sentimento, que talvez só seja forjado - no bom sentido, o siderúrgico - pela participação e/ou agregação do povo, em torno de uma forte causa comum, uma ameaça, uma guerra. Não temos, na verdade, o que honrar, não temos mais símbolos ou instituições nacionais dignos, foram todos desgastando-se com o tempo, as decepções ou com a morte. Uma das últimas unanimidades nacionais, Ayrton Senna, nos deixou e cai rapidamente no esquecimento deste nosso povo de curta memória.
Este "post" tomou forma na minha cabeça quando, ao visitar o blog da Cora Rónai hoje, fui enviado a um site de fotos digitais e deste para as fotos que o profissional americano Peter Turnley fez, após os ataques de 11 de novembro.

Achei que essas fotos mostram, inequivocamente, como o povo americano demonstra cabalmente ter ao que honrar, ter a quem honrar, e como faz isso de forma real, sentida, íntima, civicamente natural, ao render suas homenagens pessoais a quem as merece. Vale a pena dar uma olhada com calma. É um exemplo para todo e cada um de nós. Se puder, divulgue.
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