quinta-feira, julho 07, 2011

HOMENS E MACHOS: NOSSA RESERVA DE MERCADO

Está ficando muito chato, isso!

A primeira página do caderno Ela, do jornal O GLOBO do último sábado, começou por chamar a minha atenção ao trazer, na primeira página, fotos de um rapaz canadense, que (provavelmente órfão de pai e mãe) tatuou todo o seu corpo para dar-lhe a aparência de um esqueleto humano. À parte a maluquice, servia o mancebo de modelo para um editorial dito de "moda masculina". Ao folhear o restante do caderno, ainda pude - com ainda mais nojo, confesso - perceber alguns outros delicados garotos exercendo a mesma função.

Agora que a sociedade está em vias de conhecer a definição técnica de cada uma das tendências e orientações sexuais hodiernas e sendo quase que obrigada a respeitar a toda e cada uma delas - um "avanço", em relação à definição antiquada de homem/mulher - não há nenhum motivo para se abrir o jornal e ver um editorial definido como de "moda masculina" ser protagonizado por modelos totalmente afeminados, com roupas que prostitutas baratas teriam vergonha de usar e com adereços (brincos, pulseiras e colares) que ficariam melhores em senhoras de muita idade em busca de desviar o olhar de suas rugas, pelancas ou sobrepeso.

Isto está muito errado e precisando da atenção especial e urgente por parte dos editores. Nós, homens normais, estamos nos sentindo usurpados em nossas características fundamentais.

Até concordo se quiserem fazer editoriais com roupinhas frufruleantes para o mercado crescente de gazelinhas de trejeitos caricatos, cabelos em pastinha e rímel. Mas, em nome das conquistas recentes, honrem-lhes a diversidade alcançada, dando-lhes os devidos rótulos. Ainda há inúmeras letras, alem de L, G, B e T, sobrando no alfabeto. E as combinações entre elas são infindáveis!

Portanto, em vez de "moda masculina", inventem novos termos para isso. Usem sua criatividade. Se modelos com características "masculinas" (barbas, bigodes, falos, entre outras) forem, no entanto, "meninas", perguntem-lhes como querem ser chamados ou rotulados. Classifiquem-nos, antes, segundo seus próprios entendimentos do que são. É o mais justo.

E por favor, de uma vez por todas, fiquem longe da nossa classificação de Homens, Machos, Adoradores de Mulheres, Não-Bundeiros, características únicas, essa é a nossa "reserva de mercado", junto aos adjetivos correspondentes, "másculo", "masculino", "macho", etc. Para fazer reportagem de roupas para homens, contratem  modelos Homens. É direito nosso que, a partir de agora, seja assim. Em nome, exatamente, da diferença!

E nunca mais ousem misturar a nossa classificação de origem e nossa declaração de intenções, todas claras, diretas, brutas (no sentido de sem lapidação) e honestas com quaisquer demais tendências tíbias, em seus editoriais.

Vocês que se entendam. Mas deixem a palavra "masculino" para os derradeiros e verdadeiros homens.

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