sexta-feira, julho 27, 2007

A MAIOR DAS DESGRAÇAS

Companheiros, nunca antes neste país se viu as coisas ficarem tão claras (escuras?) como estão agora.

Estão se arreganhando, finalmente, diante de nossas faces, as conseqüências do povoamento de órgãos do Governo, sejam eles de que natureza forem ou que importância tenham, com "candidatos vencidos", "elementos do Partido", "aliados da base", "cabos eleitorais", "amigos da gente", "captadores de doações" e "parceiros", ou qualquer nome que se queira dar à malta de perdedores, vagabundos e analfabetos em geral, totais ou funcionais, que orbitam ao redor do Partido dos Trabalhadores – ó, irônica denominação para tão grande leva de desocupados – em busca das sinecuras e benesses vitalícias que por tanto tempo lhes foram negadas pelas regras mínimas da necessidade de conhecimento dos Concursos Públicos, mesmo os mais fraudados e "armados" do planeta. Planeta do QI, quem indica.

Portas escancaradas pelas eleições consecutivas da Grã-Toupeira e sua total descapacitação para o que quer que seja, as autarquias existentes (e, bem pior, as criadas do zero para atender aos propósitos empreguistas) viram-se invadidas pelos amigos e conhecidos do poder, a receberem salários nunca antes imaginados sem que para isso tivessem que contraprestar qualquer coisa. Descontados, por óbvio, das contribuições “espontâneas” que mantém a nefasta máquina do PT rodando como um moto-contínuo do mal, as bestas alimentando-se literalmente, de outras.

Posts anteriores, aqui, ocuparam-se de tentar avaliar o grau de emperramento que esta atitude insana e paternalista causaria na história brasileira. Nenhum deles, por mais crítico que fosse, poderia intuir que as tragédias ocorridas e (não me crucifiquem por isso) as que ainda estão por vir, inexoráveis, são e serão todas frutos diretos da incompetência absoluta e das faltas de vontade e capacidade de agir e da e pela substituição de pessoal qualificado tecnicamente por gente do esquema.

Vaiar Lula, além de premonitório, foi sinal claro de que, no fundo, já se esperava por isso. Era uma questão de tempo, ia estourar em algum ponto. Foi na aviação como poderia ter sido uma represa transbordante ou epidemia de tuberculose.

O país vive hoje à véspera de uma série de crises que estourarão simultaneamente, e não existirão CPIs e TCUs e STFs capazes de controlá-las. A gigantesca sorte de iniciante de Lula vai acabar num determinado momento, não pode durar para sempre. E seu descaso, sua eterna ausência, seu autismo deliberado ou não, cobrarão os seus preços. Muito provavel e infelizmente, em vidas humanas.

Vão aparecer todas as fauces negras dos descontroles técnicos, das "depredações" das instituições necessárias, infiltradas pela incompetência e pelo empreguismo descompromissado. A casa vai cair e não serão bolsas-família, bolsas-bandido, bolsas-escola ou bolsas-sem-teto que salvarão a “nomenklatura” da ira do povo. Que pode ser até ingênuo e ceder às esperanças das mordomias acenadas de longe, mas não é, em nenhuma hipótese, burro.

Uma mula também não é um burro e é capaz de perceber onde deve ou não pisar. Só que, à medida em que as coisas pipocarem, não vai dar para ficar se esgueirando pelos cantos, fingindo que não é com ela. O povo detesta os animais covardes. Se tiver de morrer encurralado, que morra dando coices. É nobre, pelo menos. Mas, rabo entre as pernas, isso não se tolera, em nenhum nível.

Este exemplo, infelizmente, não é o caso deste presidente e seus correligionários, que se escondem ao primeiro problema, ao primeiro sinal de barulho, para uma daquelas reuniões urgentes em que se leva uns 2 dois dias para, aí sim, não fazer nada.

O povo brasileiro - e alguns milhares de estrangeiros que vinham para cá - está de saco cheio de tanta desfaçatez, de falsas atitudes, de tanta empulhação e tão grande covardia, além da incompetência que só faz aumentar. A continuar assim, em breve o Brasil poderá sair do mapa, em termos internacionais. Não haverá discurso pedante nem falsas atitudes de independência, vazados em auditórios internacionais que obscureçam a verdade dos fatos ou os minimizem.

As vaias de insatisfação já soam altas, nos ouvidos de quem quiser ouví-las.

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