sexta-feira, julho 27, 2007

A MAIOR DAS DESGRAÇAS

Companheiros, nunca antes neste país se viu as coisas ficarem tão claras (escuras?) como estão agora.

Estão se arreganhando, finalmente, diante de nossas faces, as conseqüências do povoamento de órgãos do Governo, sejam eles de que natureza forem ou que importância tenham, com "candidatos vencidos", "elementos do Partido", "aliados da base", "cabos eleitorais", "amigos da gente", "captadores de doações" e "parceiros", ou qualquer nome que se queira dar à malta de perdedores, vagabundos e analfabetos em geral, totais ou funcionais, que orbitam ao redor do Partido dos Trabalhadores – ó, irônica denominação para tão grande leva de desocupados – em busca das sinecuras e benesses vitalícias que por tanto tempo lhes foram negadas pelas regras mínimas da necessidade de conhecimento dos Concursos Públicos, mesmo os mais fraudados e "armados" do planeta. Planeta do QI, quem indica.

Portas escancaradas pelas eleições consecutivas da Grã-Toupeira e sua total descapacitação para o que quer que seja, as autarquias existentes (e, bem pior, as criadas do zero para atender aos propósitos empreguistas) viram-se invadidas pelos amigos e conhecidos do poder, a receberem salários nunca antes imaginados sem que para isso tivessem que contraprestar qualquer coisa. Descontados, por óbvio, das contribuições “espontâneas” que mantém a nefasta máquina do PT rodando como um moto-contínuo do mal, as bestas alimentando-se literalmente, de outras.

Posts anteriores, aqui, ocuparam-se de tentar avaliar o grau de emperramento que esta atitude insana e paternalista causaria na história brasileira. Nenhum deles, por mais crítico que fosse, poderia intuir que as tragédias ocorridas e (não me crucifiquem por isso) as que ainda estão por vir, inexoráveis, são e serão todas frutos diretos da incompetência absoluta e das faltas de vontade e capacidade de agir e da e pela substituição de pessoal qualificado tecnicamente por gente do esquema.

Vaiar Lula, além de premonitório, foi sinal claro de que, no fundo, já se esperava por isso. Era uma questão de tempo, ia estourar em algum ponto. Foi na aviação como poderia ter sido uma represa transbordante ou epidemia de tuberculose.

O país vive hoje à véspera de uma série de crises que estourarão simultaneamente, e não existirão CPIs e TCUs e STFs capazes de controlá-las. A gigantesca sorte de iniciante de Lula vai acabar num determinado momento, não pode durar para sempre. E seu descaso, sua eterna ausência, seu autismo deliberado ou não, cobrarão os seus preços. Muito provavel e infelizmente, em vidas humanas.

Vão aparecer todas as fauces negras dos descontroles técnicos, das "depredações" das instituições necessárias, infiltradas pela incompetência e pelo empreguismo descompromissado. A casa vai cair e não serão bolsas-família, bolsas-bandido, bolsas-escola ou bolsas-sem-teto que salvarão a “nomenklatura” da ira do povo. Que pode ser até ingênuo e ceder às esperanças das mordomias acenadas de longe, mas não é, em nenhuma hipótese, burro.

Uma mula também não é um burro e é capaz de perceber onde deve ou não pisar. Só que, à medida em que as coisas pipocarem, não vai dar para ficar se esgueirando pelos cantos, fingindo que não é com ela. O povo detesta os animais covardes. Se tiver de morrer encurralado, que morra dando coices. É nobre, pelo menos. Mas, rabo entre as pernas, isso não se tolera, em nenhum nível.

Este exemplo, infelizmente, não é o caso deste presidente e seus correligionários, que se escondem ao primeiro problema, ao primeiro sinal de barulho, para uma daquelas reuniões urgentes em que se leva uns 2 dois dias para, aí sim, não fazer nada.

O povo brasileiro - e alguns milhares de estrangeiros que vinham para cá - está de saco cheio de tanta desfaçatez, de falsas atitudes, de tanta empulhação e tão grande covardia, além da incompetência que só faz aumentar. A continuar assim, em breve o Brasil poderá sair do mapa, em termos internacionais. Não haverá discurso pedante nem falsas atitudes de independência, vazados em auditórios internacionais que obscureçam a verdade dos fatos ou os minimizem.

As vaias de insatisfação já soam altas, nos ouvidos de quem quiser ouví-las.

quinta-feira, julho 26, 2007

DEPOIMENTO DE UM COMANDANTE DE AIRBUS

Mantendo a linha de postar depoimentos de quem entende do assunto, para tirar a paixão - permanecendo apenas o ódio direcionado, claro - da análise do que ocorreu em Congonhas e assim, poder dar as porradas em quem efetivamente merece, publico o post que o Cmte. Paulo Marcelo Soares, da TAM fez circular com seu relato pessoal. Aí a gente tem a total visão sobre "QUEM" é o culpado dessa merda toda. Como também saiu publicado hoje, "tratou-se de uma FALHA HUMANA, de 60 milhões de pessoas, na eleição de 2002". Perfeita, ainda que tardia, constatação. Rezem para que não piore ainda mais, e não esqueçam que a incompetência, a vagabundagem e a desfaçatez estão infiltradas e espalhadas por inúmeros outros órgãos públicos que "zelam" por alguma coisa que lhes afetam a vida.

"Em primeiro lugar gostaria de agradecer a todas As manifestações de preocupação comigo, tanto no momento daquela noite trágica, quanto nos dias seguintes. Agradeço de coração a todos. Informo também que estou bem, porém, bastante abalado, triste, indignado com o sacrifício inútil de 200 vidas.

No momento do acidente eu estava em Buenos Aires. Havia voado o PR-MBK na noite do dia 15 para o Dia 16. Sim, o reversor do motor numero 2 estava inoperante, mas como eu já disse dezenas de vezes aqui na lista, quem pára avião é FREIO, é o atrito do pneu na pista, e não reversor. Falarei mais sobre isso daqui a pouco.

Na noite do dia 16, eu pousei em CGH. Não havia chuva, mas a pista estava bastante molhada. Estava com 90 pax. No meu avião. Toquei na marca de 500, o avião aquaplanou e eu tomei susto. Um dos maiores sustos em meus 17 anos de aviação profissional.

Eu gostaria muito, na verdade eu daria tudo para ter no meu jump seat os (ir)responsáveis por esta crise que se arrasta há meses. Queria que eles vissem o anti-skid trabalhando, a aeronave escorregando para a lateral da pista. Queria que eles vissem as luzes da cabeceira oposta chegando rapidamente, e nós lá, sem poder fazer nada. Queria que eles sentissem a tremedeira que eu e meu co-piloto sentimos quando livramos a pista lá na taxiway "E" (a última).

E, acima de tudo, QUERIA QUE ELES TIVESSEM A CARA DE PAU DE DIZER QUE A PISTA DE CONGONHAS NÃO TEM PROBLEMAS!!!!!!

Não varei a pista naquela noite por sorte. Não foi por habilidade, foi pura e simples SORTE. Sorte que meus colegas no MBK não tiveram.

Eu não sou pai de santo, mas esta tragédia já era esperada há MUITO tempo, e eu escrevi aqui na lista por mais de uma vez. Agora que mais 200 pessoas morreram, será que vai acontecer alguma mudança? Claro que não!

Mas vamos aos fatos e aos comentários sobre a montanha de especulações que naturalmente apareceram nos últimos dias. Agora até arremetida é motivo de 1ª página nos sites. Aliás, belíssima arremetida daquele F-100...

Não vou especular sobre as causas do acidente. Estas especulações todas não levam a nada, só aumentam a desinformação e prejudicam a todos que trabalham na aviação. Tudo o que eu pude saber do acidente foi através da Internet e de noticiários da TV. Ou seja, a credibilidade destas informações é próxima de zero. Só saberemos as prováveis (na verdade o conjunto de) causas após análise do CVR/FDR. O que eu posso dizer aqui é:

1- Distância de parada

Vamos considerar as condições abaixo:
Elevação da Pista = 2600 ft;
Peso de pouso = 66 toneladas (4 toneladas Superior ao do avião acidentado e 1.5 ton acima do Max Landing Weight);
Pista contaminada com 6.3 mm de água (muito mais do que declarado pela twr);
Zero componente de vento de proa (havia uma pequena componente de proa, mas vamos desconsiderar);
Ambos os reversos INOPERANTES;

A distância de pouso de um A-320 nestas condições seria de 1841 metros, sendo que a pista 35L de CGH tem 1940 metros, embora a LDA para a Pista 35 seja de 1880m. Notem que esta distância de pouso assume o cruzamento da cabeceira a 50 Ft, toque na marca de 1000 ft e parada total da aeronave.

Como "bônus" o toque ocorreu um pouco antes da marca de 1000 ft segundo as filmagens e 1 reversor foi utilizado. Além disso a aeronave estava com 62.7 toneladas. Neste peso a aeronave precisaria de 1729 metros até sua parada total, sem usar reversores.

A operação com 1 reversor inoperante em pistas molhadas/contaminadas é normal e prevista, mesmo porque nas análises de pouso o reverso nunca é considerado. Não existe uma grande assimetria direcional, desde é claro, que VC tenha uma boa aderência da aeronave na pista. E de fato, pela filmagem pode-se ver que a aeronave manteve o eixo até o terço final da pista, que é uma área bastante emborrachada e ainda mais escorregadia que a parte central.

A velocidade de aquaplanagem é função da pressão dos pneus, e para o A-320 é considerado que abaixo de 115 Kt não deveria haver aquaplanagem. Mas em uma pista coberta por uma lâmina de água e sem drenagem eficiente, a aquaplanagem pode acontecer a velocidades baixíssimas. Já tivemos casos de aeronaves que não tiveram o que chamamos de "cornering effect" ou seja, a capacidade do trem de nariz de mudar a direção da aeronave, a velocidades tão baixas quanto 20 kt. Tanto que o manual recomenda não tentar qualquer curva abaixo de 10 Kt em pistas escorregadias.

Pelo que vimos aqui, a aeronave tinha performance para parar com segurança na pista naquele dia. Mas todos nós vimos os trágicos resultados. Tá mais do que óbvio que a pista de CGH apresenta problemas. Foram 4 derrapagens e um acidente fatal, sem contar os inúmeros sustos que por sorte não viraram tragédia.

O problema é que a torre não informa nem o tipo de contaminação, nem o braking action, que poderia dar uma informação mais precisa. Pior, a pista apresenta contaminação irregular, ou seja, alguns pontos tem frenagem melhor do que outros.

2- Vídeos do acidente

A comparação que fizeram das velocidades da aeronave que precedeu o pouso do MBK e dele próprio é no mínimo ridícula! Quando pousamos nestas condições, procuramos parar a aeronave o mais rápido possível. Não se sabe o peso que estava o A-320 que o precedeu, e se ele aquaplanou ou não (certamente não). Se vc não aquaplanar, dá para se parar o A-320 em pouco mais da metade da pista, ou seja, vc vai estar em velocidade de táxi um pouco depois da interseção central (onde mostra a outra câmera). E vai taxiar até a interseção "F" a no máaaaximo 20 kt para não correr o risco de derrapar ao tentar livrar a pista. Note que o piloto da aeronave precedente já estava com os reversos fechados, ou seja, já estava em vel de táxi. O MBK passou bem mais rápido? Claro, mas simplesmente porque não tinha frenagem. Pelo que eu vi dos vídeos o reverso do motor 1 estava funcionando sim.

3- Automatismo da aeronave:

Outra afirmação ridícula de gente que nunca nem entrou em um jato comercial, quanto mais em um Airbus! Já disse e repito. A única coisa que não dá para se fazer em um Airbus é estolar a aeronave e/ou coloca-la em atitude anormal. O resto é igual a um avião convencional. No solo então, ele é um avião como qualquer outro... Os entendidos de plantão já se animaram a procurar no sistema de controles FBW a causa para o acidente. Estranho. Todas as outras aeronaves que derraparam em CGH NÃO eram FBW... O 737-300 que varou a pista em POA não era FBW, o MD-11 que varou a pista em NAT NÃO era FBW. O Boeing 737-700 que varou a pista em NVT NÃO era FBW... Estes 3 exemplos só não resultaram em tragédias porque a pista não era CGH... Então este papo de que se fosse outra aeronave não teria acontecido, não cola.

Amigos. Esta tragédia pode vir a ter várias causas e fatores contribuintes, só saberemos a verdade daqui a alguns meses. Eu espero que o (des)governo finalmente acorde e tenha um pingo de seriedade para com o setor aéreo. Espero que estas mortes, bem como as do vôo 1907 não tenham sido em vão. O momento agora é de profundo luto. Queria ter mandado uma msg antes, mas estou no meio de uma programação bem puxada. Devo tentar postar algo mais detalhado nos próximos dias. Um grande abraço a todos!

O piloto Paulo Marcelo Soares, Cmte de A320, postou este depoimento pessoal no Fórum FSIM-BR.

terça-feira, julho 24, 2007

REPÚDIO E INDIGNAÇÃO

Depois do último post, com o vídeo que reputo ser a melhor resposta que poderíamos dar aos políticos brasileiros, PRINCIPALMENTE aos do PT e à teia burra que ele teceu para emperrar o movimento do que funcionava - mal, mas funcionava - no Brasil (como reclamado em posts e mais posts abaixo, para quem quiser se dar ao trabalho), uma das conseqüências mais trágicas e visíveis foi a exposição nua e crua da incompetência instalada pelo afluxo incontrolável de energúmenos sem capacitação a cargos de fachada, para atuações de fancaria, de forma povoar os cargos da bur[r]ocracia e garantir assim o dízimo partidário que manterá o partido vivo, exposta de forma crua ao povo pela tragédia ocorrida em Congonhas. Mesmo que o avião não estivesse perfeito, ou que o piloto tenha falhado, isso só ajuda a mascarar o restante dos problemas, que ocorreriam mais cedo ou tarde. Seria bom lembrar que, com medo de avião, mais gente vai procurar as rodovias brasileiras, líderes absolutas nas estatísticas de mortes anuais, NO MUNDO TODO, com 55.000 óbitos (fora as pessoas que morrem nos hospitais, dias depois, vítimas de decorrências dos acidentes, que não são computadas neste total), o que representa 4.583 mortos por mês, ou 23 tragédias como a do avião da TAM, só que com menor exposição na mídia, por ser no pingadinho...
Mas a incompetência do PT e de Lula tem de ter fim, antes que joguemos o Brasil às baratas, em definitivo. Para dar o tom, transcrevo aqui o desabafo do Cmte. Lessman, veterano piloto comercial brasileiro, atualmente em Abu-Dhabi, que expõe os fatos melhor do que ninguém mais. E confesso que adorei e subscrevo INTEGRALMENTE as palavras de seu último parágrafo.

FORA LULA E SUA CORJA ESCROTA!!!


"O desastre maior deste desastre de ontem é que ele é um desastre cuja ocorrência era apenas uma questão de cedo ou tarde. Infelizmente ficou trágicamente evidente que ocorreu ainda mais cedo do que o esperado...

Madruguei hoje assistindo estarrecido pela CNN e Internet aqui em Abu Dhabi, Emirados Árabes onde estou voando agora, as imagens das labaredas pintando de amarelo e ocre a cabeceira 17 de Congonhas (16 na minha época) . Pousei lá inúmeras vezes de Boeing 727, Electra da Ponte Aérea e 737-200/300 quando
eu ainda voava "na Nacional" na minha, na nossa, "velha" Varig. Hoje sou um dos inúmeros pilotos experientes "exilados" pela Babilônica incompetência Brasileira. Embora agora longe do Brasil, passei quase 30 anos voando na Varig no Brasil, 15 dos quais "na Internacional" nos mais de 20 como Comandante, e por isso assisto a estas imagens dominado por uma indigesta mistura de choque, tristeza e revolta como se ainda estivesse voando aí.

O choque é até previsível diante de imagens do inferno de chamas e corpos sendo retirados dos destroços, e a tristeza também é de certa forma natural, pois é consequencia dos dramas que sempre pontuarão as nossas vidas, salientado a falibilidade inerente à nossa condição de humanos. Mas a dor mais incômoda de todas para mim é a da revolta. Uma TREMENDA revolta diante deste absurdo "Apagão" aeronáutico Brasileiro que até recentemente destruía apenas patrimônios como a Varig, mas agora avança célere ceifando vidas e gerando perdas humanas irreparáveis, e ainda pior, na maior parte EVITÁVEIS!!!!!

Poucas outras atividades humanas brincam tanto com as nossas emoções quanto a aviação. Voar, viajar, cruzar o céu entre nuvens rumo a lugares exóticos, uma experiência fascinante possibilitada por tecnologias desenvolvidas e incorporadas a estas nossas máquinas maravilhosas, e normalmente trazendo conforto e segurança na "trip" dos nossos sonhos, ou apenas a uma trivial viagem de negócios.

Mas também poucas outras atividades são tão intensa e simultâneamente dependentes das forças da natureza, infraestrutura física e tecnologia, interesses econômicos, treinamento e fatores humanos, horários, e acima de tudo da capacidade de TODOS os responsáveis por cada setor em administrar tudo ao mesmo tempo, enquanto uma aeronave avança como uma flecha a 900km/hr. rumo ao seu destino. É um desafio contínuo, 24 horas por dia, 365 dias por ano, faça chuva ou sol, para que tudo isso não termine em tragédia...

Só que mais esta tragédia recente prova que este não é o caso no Brasil de hoje. E o cidadão Brasileiro precisa urgentemente realizar que o maestro maior desta "Orquestra" precisaria estar executando a sua "partitura" com muita competência para que não tivessem morrido hoje os nossos colegas, familiares e amigos. E que este "Maestro" é, ou deveria ser, o Governo que elegemos democráticamente. Nós pilotos sabemos que ao nosso colega comandante do vôo de ontem caberá a sua parcela de "culpa". Sempre nos caberá alguma como responsáveis últimos da operação de uma aeronave, jamais negamos este fato e muitas vezes também "pagamos" com as nossas vidas pelos erros eventualmente cometidos! Mas o que os Brasileiros precisam
urgentemente entender é que a segurança e a pontualidade do seu vôo depende de uma complexa e extensa "corrente" de diferentes eventos e responsabilidades que precisam funcionar uníssonos e com alto grau de
profissionalismo. No Brasil quem implementa, administra, regulamenta e fiscaliza a infraestrutura dos aeroportos e das empresas, e controla o nosso espaço aéreo é o Governo; assim como é ele também o poder concedente das linhas para as empresas. E mais: este mesmo Governo ainda cobra UMA FORTUNA
em taxas do já aviltado contribuinte-passageiro e das empresas pelo utilização de seus péssimos serviços. Ou seja, PAGAMOS duas vezes para brincarem com as nossas vidas!!!

Cabe a nós Brasileiros exigir que este pateta megalômano e ignorante travestido de Presidente pare de brincar com as nossas vidas perseguindo, processando e prendendo pilotos e controladores como se responsáveis fossem pelo estrondoso fracasso do Estado Brasileiro entregue ao seu comando. E a indignação de todos os comentários que ouvi ontem na Internet/CBN me reacendeu uma pequena esperança de que a sociedade talvez reagirá desta vez a mais este descalabro governamental. A ÚNICA esperança de futuro para o nosso país é realizarmos que cabe a todos nós Brasileiros reagir à sujeira política que destrói e mata no nosso país!

O Brasil é grande demais, lindo demais para deixarmos que um energúmeno e sua corja PTista e de sua "base de sustentação" entranhada nos diferentes órgãos públicos responsáveis pelo assassinato de ontem continuem matando impunemente. Não podemos admitir que mais esta tragédia e sofrimento causado
às famílias sejam em vão!!!!

Cmte. Peter Lessmann

Votec Linhas Aéreas -Varig S/A - Etihad Airways

quarta-feira, julho 11, 2007

TAVA DEMORANDO DEMAIS

Tava demorando para que alguém fizesse este verdadeiro "Hino" ficar adequado ao Brasil de hoje pelo que ficou engasgado desde o ano passado, coisa que muita gente que tem memoria curta deixa esfriar. Chega, agora, recheado das personagens principais, que merecem como poucas essa "homenagem".

Falta, no entanto, na galeria, uma cacetada de gente - entre eles, os Grandes F.D.Ps. Waldir Pires, os caras da ANAC todos, o Constantino da TAM (aquele salafrário que saca 2 bi no caixa pra dividir e depois, flagrado, redeposita 1,9), o Marco Aurélio Garcia, (o pior de todos), e por aí vai, para os quais a gente faria estes mesmos e veementes votos.

Meu mais forte desejo é que Vão Todos Ver e Ouvir ESTE Vídeo em Sua Homenagem!


quinta-feira, julho 05, 2007

SE ESTÁ TUDO ERRADO NO RIO, VAMOS TENTAR CONSERTAR?

A gente merece, depois de ter errado tanto e consecutivamente, na escolha de nossos Governadores. Desde a tsunami que resultou da eleição do gaúcho-uruguaio Leonel de M. Brizola (de acordos espúrios com bicheiros para ganhar a primeira e com traficantes para ganhar a segunda eleição) até a devastação empreendida pelos Garotinhos, os fluminenses nunca mais acertaram a mão. Nem no Estado nem no Município, haja vista a administração caótica do “César” do momento. Foi um festival sequencial e fulminante de incompetências, com o mais total desprezo pelo que se convencionou chamar de população. O que se vê agora, para onde quer que se vire a cabeça, nada mais é do que o fruto podre desses desgovernos consecutivos. É o caos absoluto. Ponto.

A percepção geral é a de que, tirando a parte cuja responsabilidade é de Deus, a Natureza (diga-se, arduamente atacada por todos eles, principalmente pela omissão gritante) e as onipresentes bundas, o Estado do Rio consegue ser o pior em tudo.

Nenhuma regra, como que por encanto, é seguida aqui por mais de meia hora, caso gere qualquer chateação ou desconforto, mesmo que ligeiro, aos seus habitantes. Aqui, nada do que se planta, dá.

Posturas federais, estaduais e municipais são descartadas a um golpe de “pô, que coisa chata!”, para nunca mais serem lembradas. Um mínimo de organização no Estado é considerado como algo que tolhe o direito dos cidadãos fluminenses e, portanto, contrário à sua ampla liberdade; é coisa logo posta de lado, muitas das vezes pelas próprias autoridades que não se empenham o mínimo para fazer cumprir as ditas “leis”.

Para não falar da crônica insegurança, embutida mentalmente nos habitantes, tão banalizada essa e tão desesperançados estes, há algo no ar, hoje, cuja gravidade vai mais além: é o nefasto desrespeito às convenções. Que nada mais são do que o resultado de aprendizado histórico, pela mera repetição de situações, que levam uma comunidade a entender que determinados atos ou fatos se resolvem com atitudes ou posturas que já se provaram mais indicadas em cada caso. Nada além de experiência e erro.
Ver convenções sendo desrespeitadas cria nos cidadãos dúvidas momentâneas, que, não sanadas, passam a duradouras. Principalmente na cabeça de crianças e adolescentes, que as presenciam a torto e a direito. Uma convenção desrespeitada não gera punição legal, tem (ou deveria ter) no máximo, o repúdio da comunidade. Tipo jogar lixo no chão, urinar na rua, furar o sinal vermelho. Ao contrário, percebemos que este senso comum vem sendo violentamente atropelado. De maneira prosaica, sem qualquer repressão da comunidade, que só pode estar exaurida, até pela falta da exemplação saneadora dos delitos de muito maior envergadura. Daí à instalação generalizada do “foda-se”, é um passo. Para a barbárie.

É imperativa uma retomada da ordem pelas autoridades constituídas, uma tentativa de botar ordem na casa, para que não percamos definitivamente as esperanças. Há muito trabalho a fazer, o povo está descrente.

Quantos de nós não tem observado:

- entregadores de qualquer coisa, em suas motos, trafegando na contra-mão, impunemente, a qualquer hora do dia ou da noite;

- as Prefeituras fluminenses (tão zelosas na defesa do espaço dos cidadãos, tascando multas pela inobservância de posturas aqui e ali) não dão um pio, não agem e não prestam contas enquanto as florestas da cidade do Rio, ou de Petrópolis ou Teresópolis, etc., entre a quase totalidade dos municípios, são devastadas (e junto às principais rodovias que cortam o Rio – pois aí é quando podemos observar o fato melhor, restando-nos só a imaginação para intuir o que acontece mais afastado) para dar lugar a novas favelas que brotam TODOS os dias?

- que bastaria à Secretaria de Segurança determinar a imediata volta do policiamento à paisana, como em qualquer lugar do mundo civilizado, para que os bandidos que infestam o Estado possam ser surpreendidos antes de atuarem. E não mandar uma patrulhinha sem motor ficar estacionada no local das ocorrências dos crimes hediondos diários, no dia seguinte em que estes já aconteceram;

- o total desprezo da Polícia Militar pelo que ocorre nas vias, sendo comum vermos rodinhas de PMs em animado bate-papo, sempre de costas para os acontecimentos, em absoluta falta de atitude policial?

- que os motociclistas da PM, que atuam em dupla, e em cujo advento foi feita grande onda marqueteira, louvando serem bela solução, já que um zelaria pela integridade moral do outro(!)nunca estão circulando como patrulhas ágeis, aptas a surpreender pela mobilidade, senão para mandar parar alguém que esteja perigosamente “fora da lei” falando ao celular; que, concidentemente, nunca são vistos perseguindo ou interpelando carros ou motos suspeitos ou lotados de bandidos, que circulam faceiros pela cidade à hora que desejam; que jamais tomam qualquer atitude contra qualquer dos milhares de veículos sem condições de trafegar, que para esses policiais são “transparentes”, pois que não representam fonte de complementação de receita?

- que ônibus e vans param afastados dos meios-fios a mais de um metro, obrigando a que as pessoas na calçada desçam primeiro para então, aumentada a altura até o primeiro degrau dos veículos, tenham mais dificuldade de subir a bordo; e com isso, ainda ocupam parte da segunda faixa de rolamento, desorganizando o tráfego;

- que os ônibus também costumam param fora – e pior, bem defronte - dos recuos construídos exatamente para que não obstruam o fluxo, ao recolher/desembarcar passageiros, seja por má-vontade, preguiça ou burrice dos motoristas, ou seja pela perpétua falta de orientação da força policial?

- que inexiste uma divulgação oficial da lista de números de telefones públicos que a população precisaria para requerer atendimento em circunstâncias graves ou de emergência (ou, “alguém aí sabe o telefone da ambulância?”); ou uma forma de que, uma vez acessados, haja alguém do outro lado treinado profissionalmente para atendimento e não uma pessoa que dá a impressão de atendeu porque estava passando por ali e viu o telefone tocar pela enésima vez, e que "reage" guturalmente;

- que, e que, e que, e que... (aqui eu peço que este post seja completado, nos comentários, com as demais aporrinhações e transgressões que tanto afetam a vida de cada um que o leia).

Se juntarmos as nossas reclamações mais prementes, quem sabe pressionamos o novo Governador e o velho Prefeito a adotarem uma volta ao básico, dando atenção aos pontos nevrálgicos do Estado/Município? Se transformarmos este escrito numa corrente legalista, quem sabe chega a um deles?

Quem sabe, berrando, possamos acabar também com essa farsa tão maligna do “respeito aos direitos humanos”, esta noção deletéria impregnada em e por meios tão festivos quanto praianos por “intelectualóides”, tão ou mais perniciosos estes do que os próprios bandidos que nos assolam.

Essa assunção de “respeito” só vem nos matando, por dois motivos:

primeiro: estamos sendo dizimados por animais que a nada temem, sem piedade alguma; e como animais, não podem ter qualquer direito “humano” assegurado;

segundo: ao respeitarmos esses “direitos”, cessam, por assim sentirem-se amparados, as obrigações de parcela da população, que passa a transgredir, dia ou noite, qualquer lei, norma e/ou convenção; e que, ao serem interpelados ou colocados diante da lei - que é para TODOS -, imediatamente se escondem atrás do argumento de que estão sendo perseguidos(a) porque são cidadãos-favelados.

Estou farto desta inação civil, deste nosso silêncio covarde. Chega da gente ficar morrendo. Chega de ficarmos escondidos em casa enquanto a bandidagem de todos os calibres passeia pra lá e pra cá, entre um baile funk, uma cafungada com as cachorras e alguns acertos de contas. Ou coisa mais “estruturada”, no caso dos políticos.

Chega de covardia, pagamos impostos altos tanto para o Estado como ao Município (ao “Governo Federal”, nem é preciso falar) para sermos tratados com desrespeito pelos nossos servidores, de qualquer nível. Enquanto isso, a improvisação, o descaso, o jogo de empurra, a falta de probidade e a mega-incompetência administrativa se perpetuam no Rio de Janeiro.

Fluminenses, os cariocas principalmente, vamos sair do imobilismo e nos prometer que vamos botar a boca no trombone, que vamos espernear e que vamos lutar para ser ouvidos. Afinal, somos nós que financiamos a vida fácil dos Governantes, já que a bandidagem não paga imposto. Oficialmente.

Atitude, ação e prestação de contas. É o mínimo que podemos exigir, esquecendo-nos do resto do país por um tempo e focando só no Rio de Janeiro. Afinal, é aqui onde moramos, sofremos e muitas vezes, vemos pessoas próximas morrerem de maneira bêsta, vítimas da violência criminal ou do trânsito. Sejamos descaradamente bairristas e fixemo-nos no nosso Estado. É chegada a hora de gritar, qualificadamente.

Escrevam seus pontos depois dos meus. Estejam certos de que, cedo ou tarde, isso vai chegar ao computador de alguém que vai se interessar em agir.

Caso não, a gente sempre poderá rezar.