quinta-feira, dezembro 13, 2001

CADÊ A POLÍCIA?

Dá-me um desânimo enorme a falta de atitude do que chamamos de polícia, no Rio de Janeiro. Existe uma divisão invisível entre guardas de trânsito e guardas comuns - estes, os de boné de courvin preto. Que não se metem no tráfego, pois não lhes compete. Às vezes, um guarda de trânsito, os de boné branco, troca tiros com um assaltante de passagem, pois sem querer fica na linha de fogo e não pode deixar de atuar, ou vai levar bala e pode morrer. Embora seu negócio mesmo seja multar.

Um indivíduo pode fazer mil trapalhadas no tráfego, nas barbas de um grupo de bonés pretos ou na frente de uma viatura cheia destes, que nada ocorrerá. Nem olham, não querem nem saber, não é com eles. Exceto se estiverem participando de uma das inúmeras (inoperantes e desprovidas de quaisquer resultados que não enormes engarrafamentos) "blitzen" caça-níqueis espalhadas pela cidade, quando o interesse aí sim fala mais alto. Ordinariamente, a atitude dos guardas nessas ocasiões é digna de risadas. São entre 3 e 8 homens, dos quais 3 estão batendo papo, um olha para a rua, outro para o céu (o que fica com a bazuca) e o chefe fica ali procurando algum jeito de multar vans, kombis ou o fusca zarcão que eles sortearam para parar e fingir que aquilo é eficiente.

É uma tristeza essa divisão de tarefas pois, se a lei existe, não importa a cor do boné, a dita polícia tem de atuar para educar, orientar ou punir, sem essa ineficente e burra distribuição de tarefas.

Estamos precisando utilizar aqui o método VOABA. Que significa Voltar Ao Básico.

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