Desculpem a aparencia que o blog vai ter com esta publicação. Foi a única forma de postar o excepcional artigo do Arnaldo Jabor, publicado no O Globo desta data. Ao lado dos "guerrilheiros da legalidade" Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes - e desde já me desculpo se esqueci de mais alguém, mesmo que sejam tão poucos - além do Generalíssimo Olavo de Carvalho, o Jabor parece ser dos poucos com acesso à imprensa que não se deixou encantar pelos apelo$$ ou pela ideologia barata da comunalha.
Trata dos assuntos mais vibrantes com o destemor daqueles que já foram simpatizantes e tiveram a capacidade de evoluir simplesmente porque pensam, logo existem. Assim como aconteceu com Paulo Francis, que se redimiu de ter sido comunista em uma coluna no longínqüo 1979, quando disse "que era burro e comunista mas que tinha finalmente evoluído" ou coisa símile. Jabor também já fez sua penitência, que a canalha dirá que foi pela via monetária. Não foi, e mesmo que tivesse sido, se desculparia por ser esta a maneira tremenda com que azeitam comentários favoráveis ao seu regime, por tudo deprimente, de tentar se apoderar do país e aqui instalar um Cubão corrupto. Pois lá, pelo menos, o tirano Fidel mantém a ordem pela ameaça constante do paredón, não apenas para os oposicionistas como para os aliados que pisam na banana.
Jabor mais uma vez se ombreia aos grandes nomes do comentário político. Uma única ressalva se faz, no entanto, às suas observações, de resto acuradíssimas: deixa de dar os nomes aos bois babões que pululam no meio "artístico" que defendem o Molusco e sua trupe, pessoas que infelizmente, pela popularidade gerada nas aparições na TV e nas revistas populares, tem o condão de influenciar - e que péssima influência - a parcela considerável dos miseráveis cuja únicas distrações são a novela e as revistas velhas que o barbeiro joga fora.
Ave, Jabor! Continue nos agraciando com sua sensibilidade, poder de concisão e linguagem acessível a todos.
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Há 3 anos