"A CASA DA MÃE JOANA".
É assim que vejo o Brasil hoje. Por causa da ausência de organização, de um mínimo de coordenação, de preocupação com nossa integridade e unidade nacional, estão entrando no nosso quintal para roubar todas as goiabas e ninguém está percebendo nada. A vasta, sistemática e incansável campanha empreendida contra os militares - única força organizada que resistia à bagunça nacional - pelos membros da insidiosa quadrilha da esquerda espalhada pela mídia, alguns em cargos de chefia e destaque, como o Olavo de Carvalho vem alertando faz tempo, os desmoralizou como Instituição perante os representantes populares que votam as verbas no Congresso, permitindo um sucateamento não apenas material mas principalmente ideológico das forças que deveriam zelar pela nossa soberania.
E agora, o resultado bisonho dessa política ou da falta dela começa a aparecer: a guerrilha colombiana transita livremente pela fronteira do Brasil e coopta, via dinheiro do tráfico, ex-militares brasileiros e os arma e treina para servir-lhe de mercenários para o que der e vier (e, provavelmente, virão contra nós).
Em São Paulo, cidade-estado mais rica e produtiva do país, um grupo de chilenos cuida de seqüestrar a torto e a direito, sem serem conhecidos de nenhum serviço de inteligência do país. No Rio, o Jornal do Brasil de hoje noticia ter comprado, numa banca de jornais, um exemplar da revista das FARC-EP, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - subdivisão do Exército do Povo. Além do fato noticiado um dia antes, de que traficantes do Rio estão pagando a ex-membros de batalhões de páraquedistas - cujo treinamento é mais refinado do que o da tropa normal - para que treinem os soldados do tráfico no manuseio de armas pesadas, técnicas de combate e sobrevivência na selva. Não sei bem mas sinto um cheiro de uma conspiração maior por trás disso tudo, os fatos me parecem ter alguma ligação mesmo que distante. Tem coisa aí!
É muita cara de pau, associada à falta de controle. Não bastassem os problemas de violência intrínsecos ao país, agora estamos dando margem para a atuação da bandidagem latinoamericana. Ou de alguma organização maior, que vem se infiltrando como hera invisível, tomando um nicho aqui, outro ali, na surdina. Invisível aos olhos de nossas desbaratadas polícias, que atuam "no susto", depois dos fatos, e nunca preventivamente.
Não podemos achar que este novo problema é só dos militares pois estes não tem apoio de quase ninguém mais. Ou se tem apoio, é de pessoas que temem expressá-lo. Temos que dar-lhes um suporte para voltarem a agir, constitucionalmente, em suas funções precípuas de proteger as fronteiras, usar sua organização e inteligência (o mínimo que restou e que ainda vem sendo combatido pela imprensa direcionada) para mapear as ameaças e reprimi-las. Parece que há alguns governadores, o de São Paulo e o de Mato Grosso, tentando chamar a atenção do Governo central para implementer essa atuação "profissional" do Exército.
Podemos escrever aos jornais e demonstrar nosso apoio e consideração, antes que a imprensa vermelha pegue o mote e diga que estaremos "voltando ao regime militar" se essa atitude necessária e inteligente for adotada.
Mãos à obra.
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Há 3 anos